"O Rei Leão" é nostálgico, emocionante e respeita animação original
Publicado em 18 de julho de 2019 às 17:02
Por Purebreak
Finalmente chegou a tão esperada estreia do live-action de "O Rei Leão"! Não existe ninguém que cresceu nos anos 90/2000 e não tenha visto essa animação histórica da Disney, lançada em 1994. A nova versão, apesar de renovar seu elenco de dubladores - e até trazer de volta uma voz do original -, respeita o passado e emociona pela nostalgia e visuais impressionantes. Saiba o que o Purebreak achou.
"O Rei Leão" é uma das estreias mais esperadas em 2019 "O Rei Leão" é uma das estreias mais esperadas em 2019© Divulgação
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"O Rei Leão" surge como uma das estreias mais esperadas em 2019, junto com "Vingadores: Ultimato" e "Star Wars: Ascensão Skywalker". Obviamente o principal motivador para o hype sem dúvidas é a nostalgia da animação de 1994. Então, o live-action de 2019, além de trazer uma atualização estética, também tem desafio de agradar novos e velhos fãs da obra original. A proposta de realismo fez com que muitos amantes da franquia torcessem o nariz, mas isso foi mudando pouco a pouco com a liberação do material promocional, principalmente com os trailers com Beyoncé cantando.

Por possuir essa proposta visual completamente diferente, é praticamente injusto comparar a versão live-action com a animação, já que muitas das coisas da versão 1994 não são aplicáveis e nem combinam com essa nova proposta.

"O Rei Leão" é uma emoção legítima e orgânica gerada pela nostalgia © Divulgação
Emoção, nostalgia e respeito à animação original

"O Rei Leão" encanta logo de início com uma abertura avassaladora de "Ciclo da Vida", não apenas por pegar na nostalgia, mas também por encantar o espectador com um belíssimo visual. É impossível não se arrepiar com tamanha beleza na tela gigante! Mas não pense que isso só acontece na cena inicial, esse espetáculo visual acontece durante o filme inteiro, desde os momentos do Simba e da Nala rolando no chão até a luta contra Scar.

É impressionante o carinho e o apego aos detalhes para se manter o mais fiel possível à animação original. Não é apenas a grande maioria dos diálogos, mas também as pequenas coisas que somente os mais fanáticos são capazes de perceber, como o fato do sol nascer e iluminar primeiro o cume da Pedra do Reino. Essa nova versão de "O Rei Leão" vai cativando quem assiste pouco a pouco por causa desse respeito com o material fonte. Mesmo os animais, que não são tão expressivos quanto na animação, possuem traços únicos que os diferenciam naquele cenário, que os identificam na memória afetiva do fã. É possível reconhecer quem é Nala, Sarabi, Simba e Mufasa, por exemplo.

Você vai se emocionar não só por ver Simba, Timão e Pumba, mas por poder resgatar e reviver as boas lembranças que a animação de 1994 gerou. É uma emoção legítima e orgânica gerada pela nostalgia.

Em "O Rei Leão", Donald Glover e Beyoncé dublam as versões adultas de Simba e Nala, respectivamente © Divulgação

Agora, falar de "O Rei Leão" sem citar as músicas que marcaram e continuam marcando gerações é um pecado. A mágica de cada número musical é muito bem reproduzida nessa nova versão, principalmente em "O Ciclo da Vida", "Hakuna Matata" e "Essa Noite o Amor Chegou (Can You Feel the Love Tonight)". As versões de "O Que Eu Quero mais é Ser Rei (I Just Can't Wait To Be King)" e "Se Prepare (Be Prepared)", do Scar, sofrem algumas modificações para se adaptar à nova proposta. A música cantada pelos jovens Simba e Nala tem um pouco do seu visual adaptado para ser mais realista, mas ainda assim, entrega um bonito espetáculo envolvendo vários animais da savana. Já a canção protagonizada pelo vilão da história sofre mudanças mais radicais, não apenas visualmente, mas o instrumental e a letra mudam para fazer sentido com um Scar mais sombrio do que aquele que conhecemos na animação.

"O Rei Leão" encanta logo de início com uma abertura avassaladora © Divulgação
O equilíbrio do elenco entre o novo e o antigo

O elenco de atores está muito bem, principalmente Seth Rogen como Pumba, Billy Eichner como Timão e o lendário James Earl Jones reprisando seu papel como Mufasa com toda imponência que ele impôs em 1994. As versões de Simba (JD McCrary) e Nala (Sahad Wright Joseph) jovens se mostraram ótimas escolhas. Donald Glover acaba destoando um pouco do restante do elenco, mais no final do filme durante a batalha com Scar. Já Beyoncé acaba tendo pouco destaque por conta do papel da Nala na história. Tirando a canção "Can You Feel The Love Tonight", a personagem pouco acrescenta quando está na fase adulta.

A nova versão de "O Rei Leão" é um ótimo filme, mas não traz nada de novo e isso é algo até compreensível, afinal Rei Leão é uma franquia sagrada tanto para a Disney quanto para os fãs. Essa atualização pode encantar seja pelo seu visual estonteante ou pelo sentimento de nostalgia de rever esses personagens incríveis e tão queridos de novo. Mas uma coisa é certa: independente de qualquer fator, você vai cantar as músicas do início ao fim e a sua criança interior vai te agradecer por isso.

"O Rei Leão" já está disponível em todos os cinemas do Brasil! Assista ao trailer:

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Cinema Filmes e Séries Estreia Crítica