As novelas da Globo estão sempre nos presenteando com personagens incríveis que entram para a história na teledramaturgia brasileira. Muitos marcam por estarem envolvidos em discursos atuais, como é o caso de Amaury Lorenzo, o Ramiro de "Terra e Paixão". Ele faz par romântico com Kelvin (Diego Martins) e a dupla está dando o que falar, da forma mais positiva possível.
O ator que interpreta o trabalhador e capanga de Antônio La Selva (Tony Ramos), sabe bem que o tema LGBTQIA+ é super importante e já foi até questionado sobre durante recente entrevista para a revista Canal, do jornal Extra, na qual ele e Diego são capa com o título "Os namoradinhos do Brasil", Amaury falou sobre a expectativa do público quanto ao relacionamento deles fora das câmeras e abordou sua sexualidade.
"Eu me considero um homem LGBTQIA+. Pode ser que daqui a pouco eu me case com outro homem, cis ou trans, com uma mulher, cis ou trans... Eu sei que o público tem curiosidade de saber sobre a minha sexualidade. Não tenho problema com relação a isso. A única questão é quando o assunto fica acima do meu trabalho como ator", compartilhou Amaury após ser questionado sobre o tema.
Amaury e Diego, que dão vida a Ramiro e Kelvin, entendem que sua conexão e harmonia fora da tela podem gerar especulações entre os admiradores do casal fictício, carinhosamente apelidados de kelmiretes: "Diego é um homem lindo, inteligente, interessante... Se o Brasil inteiro está apaixonado por ele, por que eu não ficaria?", comentou Amaury sobre o parceiro de atuação.
Diego, por sua vez, ponderou: "Acho normal essa pressão para que a gente vire um casal de verdade. É algo que as pessoas criam para ficar ainda mais legal. Somos realmente muito próximos na vida real, e isso acaba dando vazão a essa fantasia dos outros. Eu mesmo já torci por algo assim quando assistia a filmes e achava que aqueles casais podiam ser de verdade, para o meu próprio prazer".
Além disso, Amaury destacou seu comprometimento com a causa LGBTQIA+, mencionando experiências trágicas que testemunhou ao longo dos anos.
"Sou professor de teatro e tive três alunos assassinados por serem LGBTQIA+. Um foi morto pelo pai. Acolhi um amigo em casa que foi espancado por estar ficando com outro homem na rua. Já recebi ex-alunos expulsos por pais evangélicos, por serem gays. Como eu posso não estar nessa luta? Vamos participar de uma Parada LGBTQIA+ no dia 29 [em Madureira]. Me convidaram pra ser o rei, mas posso trocar com o Diego e ser a rainha", revelou.