Precisamos falar sobre o vírus HIV e de como os jovens não estão levando isso a sério
Publicado em 7 de abril de 2019 às 12:06
Por Purebreak
No Brasil, os maiores casos de infecções do vírus HIV recaem sobre adolescentes, principalmente meninas. A doença sexual transmissível é uma realidade nossa e também afeta homens homossexuais e até mulheres mais velhas. Por isso, conversamos com uma profissional da área para esclarecer as principais dúvidas.
Conversamos com uma profissional da área de saúde para te deixar por dentro das principais dúvidas sobre o vírus HIV Conversamos com uma profissional da área de saúde para te deixar por dentro das principais dúvidas sobre o vírus HIV© Reprodução
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Iniciar uma vida sexual traz consigo milhares de responsabilidades e atitudes para serem tomadas. Essa pode não ser a primeira vez que você lê algo sobre o HIV - o vírus da AIDS -, mas talvez não saiba que, no mundo todo, a cada três minutos uma menina entre 15 e 19 é infectada. Os números apareceram em um relatório da Unicef apresentado em 2018 e ilustra uma realidade que no Brasil também aflige, além de meninas, homens homossexuais e mulheres mais velhas. Por quê? A gente te dá um panorama.

O vírus HIV está presente no sêmen, sangue, secreção vaginal e leite materno - quando a mãe contrai. Acontece que a principal forma de transmissão segue sendo através da penetração sem preservativo, vulgo camisinha. Pois bem. O Purebreak conversou com a ginecologista Nilcea Cardoso, que bateu na tecla sobre o não uso da camisinha, principalmente entre os que iniciam a vida sexual cedo e não se preocupam com os riscos.

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Quais são os principais sintomas?

Nilcea: "Infecções de repetição, infecções secundárias, presença de corrimento, presença de febre baixa constante, alterações na pele. Esses são os primeiros sintomas."

Qual a principal forma de transmissão?

N: "Sexual. Mucosa com mucosa. A ejaculação cai na vagina e já traz o vírus com ela."

É grande a incidência do HIV em meninas mais novas?

N: "Sim, porque elas não acham que vai acontecer com elas. A preferência da gente é conversar com as meninas e dizer: use a camisinha, use o preservativo. Eu tenho aqui meninas de todas as idades. Mas eu estou vendo também em pacientes mais velhas o retorno do HIV. Essa semana mesmo eu tive uma paciente que o marido transmitiu o HIV e ela é uma mulher de 58 anos."

É possível ter uma vida normal?

N: "É possível ter uma vida normal. Vai fazer uso de medicações específicas, vai usar camisinha para não contaminar o parceiro e vai ter uma vida normal, usando a medicação, o coquetel de remédios. Nesses casos, eu sempre encaminho para o infectologista."

Tem cura?

N: "Na maioria dos casos, pelo menos, a doença não evolui. Hoje nós temos drogas muito boas para isso".

Pra ficar ligado!

Depois dessa conversa, já deu pra perceber que usar camisinha é primordial, né?! A falta de hábito ou a certeza de que não vai acontecer nada não podem falar mais alto que a atenção para as DSTs - principalmente o HIV, que está cada vez mais incidente entre os mais jovens.

Os dados e as orientações médicas estão aí para nos mostrar que a AIDS é um caso sério MESMO e todos aqueles que insistem em não usar camisinha estão expostos ao risco. Sexo é bom, mas deve ser feito com responsabilidade e, sobretudo, cuidado - com você e com o seu parceiro.

Se você ainda tiver dúvidas e querer saber mais sobre o assunto, não hesite em procurar um especialista, ok?! Vá ao médico, pergunte, faça exames e USE CAMISINHA! :)

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