Desde que o K-Pop surgiu, o gênero vem conquistando cada vez mais pessoas e todos os grupos deixam seus fãs cada vez mais apaixonados. Existem muitos pontos positivos em relação à indústria musical na Coreia do Sul, como a popularização da cultura do país, a expansão da fama de algo de fora dos Estados Unidos, o mundo conhecendo artistas extremamente talentosos e muito mais.
Mas também existe o lado tenso, onde os idols são explorados de forma desumana, sofrem preconceito por seu tom de pele, peso e... por serem mulheres. Isso mesmo, o machismo ainda é muito forte na cultura coreana, mas cada vez mais artistas estão mostrando que não é bem assim que funciona e o negócio está mudando, aos poucos. O Purebreak vai te mostrar 5 delas - ainda existem muitas outras - que precisamos exaltar cada vez mais.
Não podemos negar que HyunA é tão talentosa quanto polêmica. Depois de passar um bom tempo na Cube Entertainment, a artista assumiu seu namoro com Dawn, do grupo Pentagon, e os dois acabaram sendo demitidos da empresa. Se você acha que a carreira dela acabou aí, fique sabendo que a idol e seu namorado foram contratados pela empresa do PSY, a P Nation, e ela seguiu com sua carreira, mesmo recebendo muito hate de várias pessoas.
HyunA tem um estilo bem fora dos padrões da Coréia do Sul e sua vibe "sexy" e autêntica incomoda muito algumas pessoas. Mas ela continua maravilhosa e a prova disso é seu último hit, "FLOWER SHOWER" - lançado ao mesmo tempo que o do boy, "MONEY" -, que mostrou a coreana ainda mais talentosa e sem medo de ser ela mesma. Uma verdadeira inspiração para outras idols.
Hwasa, do MAMAMOO, é um dos maiores nomes da indústria do K-Pop atual e todo K-Popper sabe quantas críticas, hate e racismo a cantora já sofreu. Além de ser considerada fora dos padrões de beleza da Coreia do Sul, ela vive sendo criticada por seus looks. Durante a apresentação do hit "Egoistic", no MAMA 2018, a idol usou uma roupa vermelha de vinil linda, mas que se tornou alvo de discussão no dia seguinte.
E quem disse que ela ligou? "Não acho que é importante o que eu estou usando. Em vez disso, penso no que posso usar para melhorar ainda mais meu desempenho no palco ou como posso fazê-lo bem", rebateu em entrevista. Meses depois, ela lançou o hino "TWIT", em que fala sobre um boy que a ama demais e isso o faz parecer bobo. Se liga num trecho: "Não respire apenas por mim/Porque isso te faz parecer solitário". O último lacre da maravilhosa foi em "HIP", onde ela aparece como presidente com o deboche em forma de legenda: "Presidente Hwasa vestida de forma ridícula no aeroporto". Icônica.
Se feminismo é um tabu na cultura coreana, imagina uma idol que fala sobre isso e saúde mental ao mesmo tempo? Pois foi isso que Sunmi fez no MV de "Noir", em que critica de forma explícita o uso excessivo de redes sociais e o desespero por likes. O clipe é simplesmente incrível e só dela abordar tais assuntos numa de suas músicas, a faz uma idol empoderadíssima.
Depois que a Irene, do Red Velvet, contou durante uma entrevista que estava lendo um livro chamado "Kim Ji Young, Born 1982", ela viu quanto hate seus "fãs" eram capazes de destilar. A obra é um guia do feminismo para várias mulheres no país, mas os fãs masculinos não curtiram nada a menção ao assunto e postaram fotos cortando e até mesmo queimando cards da cantora, pra deixar bem claro que não aprovam a atitude.
Por outro lado, outros fãs começaram uma campanha para defender a cantora, dizendo que ela tem direito de ler o que quiser e a história tomou uma proporção tão grande, que as vendas do livro subiram mais ainda e permaneceu na lista de best-sellers semanas após a entrevista.
Suzy é outra idol que sofreu hate por causa de "Kim Ji Young Born in 1982", só que dessa vez foi o filme. Coreanos não gostaram de vê-la indicando a produção, com foco feminista, e resolveram atacá-la com vários comentários conservadores. Mas logo em seguida, seus fãs foram correndo para defendê-la.