Com a grande quantidade de termos que estamos vendo ultimamente, poderíamos escrever um glossário inteiro sobre relacionamentos e namoro. Alguns são novos, como as chamadas "situationships" - desculpa para não se comprometer no século XXI. Outros são mais antigos, como o "love bombing" (técnica que já era usada na década de 1970). E outros parecem novos, mas não são. Como a que apresentamos a você hoje. Estamos falando de "gatsbying", uma técnica de paquera que a geração Z acha que inventou, mas que já existia muito antes. E não se trata apenas de um método: poderia ser uma arte.
O termo gatsbying, também chamado de instagrandstanding, tem origem no filme "O Grande Gatsby", interpretado por Leonardo DiCaprio - mas não tem nada a ver com o hábito do ator de procurar namoradas jovens demais. Refere-se ao personagem escrito pelo autor americano F. Scott Fitzgerald em seu romance de 1925. Na verdade, ele se refere à prática de Gatsby de atrair Daisy com festas, mas trazida para a era digital. Em vez de comprar uma casa e dar uma festa incrível, publicamos algo no Instagram para chamar a atenção da pessoa que gostamos e seguimos nas redes sociais. É a música "Brillo", de J Balvin e Rosalía, que diz: "Estou brilhando com iluminador, você não vê? Um cravo no meu cabelo, você não vê? Eu fiz quinze stories, você não vê?". Gatsbying é o ato de publicar conteúdo nas redes sociais para chamar a atenção do seu crush.
A modelo australiana Matilda Dods "criou" essa expressão em uma entrevista, mas ela não é nova. Sem querer parecer uma avó, mas o que a geração Z acha que inventou existe desde os tempos imemoriais. Desde que o "Tuenti", uma antiga rede social bem popular na Espanha, existia.
É aquela foto que você posta na academia para o cara que você gosta de ver. É aquela música que você toca especificamente para a garota de quem está gostando. É aquela frase com duplo sentido que você compartilha na esperança de que a pessoa de quem está gostando perceba que você está a fim dela. É publicar um story, uma foto ou um vídeo nas redes sociais na esperança de que isso provoque uma paquera ou até mesmo uma conversa. Não se trata de uma nova técnica de flerte. É simplesmente a evolução do que os millennials inventaram com o Tuenti, e que agora a geração Z tornou moda com um nome diferente.