A série "Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton" estreou na Netflix no início de maio e, em pouco tempo, já se tornou um grande sucesso do serviço de streaming. A trama é um spin-off de "Bridgerton" e se passa 50 anos antes dos acontecimentos da série que a originou. Pelo próprio nome, já dá para perceber que o foco da história é a Rainha Charlotte (interpretada por Golda Rosheuvel e India Amarteifio, na versão mais nova) que, aos 17 anos, se casou com o Rei George III (Corey Mylchreest).
"Rainha Charlotte" é baseada em fatos e pessoas reais, mas a Netflix fez questão de deixar claro com um aviso no início da série que é apenas uma inspiração, havendo sim uma certa liberdade poética. Assim, o público pode acabar ficando com algumas dúvidas: afinal, o que é real e o que é ficção em "Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton"?. Descubra a seguir!
Ao longo da série, vemos o Rei George III sofrendo com problemas mentais que o deixavam debilitado. Mas afinal: na vida real, o monarca realmente tinha uma doença? A resposta é sim. Não há tantos registros porque, como a medicina não era avançada naquela época, era difícil ter um diagnóstico preciso. Porém, acredita-se que o Rei George III tinha porfiria, uma doença rara congênita que causa diversos sintomas, dentre eles alucinações, ansiedade, paranoia e até mesmo convulsões.
Muitas pessoas ficaram na dúvida se a Rainha Charlotte era realmente negra, já que estamos acostumados a ver apenas imagens de monarcas brancos. Porém, a Rainha Charlotte era negra sim! Acredita-se que ela tenha sido a primeira mulher afrodescendente a fazer parte da linhagem real. Infelizmente, as suas pinturas realmente a retratavam como branca - tanto na vida real quanto na série.
Não existem tantos registros de como era o relacionamento da Rainha Charlotte e do Rei George III na vida real. Porém, acredita-se que o casal realmente se gostava muito. Algumas cartas feitas pela Rainha para seu marido já foram publicadas pelo Royal Collection Trust. Pelo conteúdo, dá a entender que eles tinham sim um relacionamento além de um simples casamento arranjado.
Sim! A Rainha Charlotte realmente adorava animais e realmente vivia cercada pelos seus cachorrinhos. Porém, na vida real, foi ela mesma quem trouxe dois cães para a Inglaterra quando foi se casar. Portanto, os pets não foram um presente oferecido pelo rei.
Um momento marcante em "Rainha Charlotte" é quando a Princesa Augusta (Michelle Fairley) realiza o "Grande Experimento". A ideia era oferecer mais títulos para pessoas negras dentro da corte. Infelizmente, isso não aconteceu na vida real. A produtora Shonda Rhimes contou que quis incluir essa trama para aumentar a diversidade no elenco e promover um debate importante. Dessa forma, "Rainha Charlotte" não seria apenas mais uma série de época com brancos, mas traria também uma maior representatividade.
Pode até parecer que a série exagerou na conta, mas é tudo verdade! O casal realmente teve 15 filhos durante seu casamento. Desses 15, dois faleceram antes de chegar à fase adulta. O primeiro filho do casal foi George IV. Sua esposa e seu filho morreram durante o parto e, por isso, o rei e a rainha tiveram uma grande pressão para gerar mais sucessores legítimos.