No mesmo dia em que a Netflix avisava que o reboot de "Rebelde" havia sido renovado para uma segunda temporada, Alfonso Herrera aproveitava para dar uma alfinetada básica na Televisa. O ator, que interpretou Miguel na versão mexicana de 2004, escreveu no Twitter: "Todo o sucesso do mundo! Aconselho a revisarem bem seus contratos". É aquele ditado, né? Toda brincadeira tem um fundo de verdade! Vamos entender essa história?
Não é de hoje que as estrelas da novela mexicana "Rebelde" demonstram a sua insatisfação com as condições de trabalho daquela época. Recentemente, em dezembro de 2021, em entrevista ao apresentador Yordi Rosado, Dulce Maria já havia exposto que, apesar do sucesso internacional do RBD, os atores estavam longe de receber bem: "Na época, ganhávamos muito pouco. Agora faço as contas do que ganhávamos no geral e, claro, no final, recebíamos muito pouco. Eu tirava mais dinheiro das campanhas publicitárias. Já em 'Rebelde', não, pois eu estava... bom, não apenas eu, todos... dançavam bonito com a gente."
A atriz Zoraida Gómez, intérprete de Josy Luján na versão mexicana, também já falou abertamente sobre o assunto ao conversar com o programa "Sale El Sol TV". "Ganhávamos muito pouquinho. Não pense que nós de 'Rebelde' ganhávamos muito", disse.
Segundo o youtuber Rodrigo Maiellaro, os atores secundários - caso de Zoraida - ganhavam cerca de 200 dólares por capítulo, um valor bem abaixo dos protagonistas. E, por falar no sexteto, os mais experientes - Dulce, Anahi e Christopher - embolsavam mil dólares por capítulo, enquanto os novos rostos - Alfonso, Christian e Maite - recebiam 800. Pode parecer muito pra nós, meros mortais, mas considerando o sucesso mundial da novela, vamos combinar que a Televisa saiu no lucro, né?
Há anos que a internet comenta as injustiças por trás dos contratos do RBD. É claro que, exceto o que foi dito oficialmente pelos artistas, tudo não passa de especulação. Porém, nada foi negado pelos músicos até aqui. Vamos, então, mergulhar um pouco mais nessas cláusulas?
Especula-se, por exemplo, que não havia nada no documento que avisasse que a banda RBD seria real. Ou seja, o sexteto não estava ciente dos planos de expandir a marca para além da novela com turnês mundiais ou diversos álbuns de estúdio. E, mesmo assim, os integrantes não ganhavam nada do que era vendido com as suas imagens. Olha, quem viveu aquela época sabe que a cada esquina tinha um produto com o rosto do RBD, né?
Para completar, o programa de rádio latino "America Showbiz" já revelou que as garotas do grupo não podiam engravidar ou se casar enquanto o RBD estivesse em atividade. Além disso, elas e os meninos não poderiam protagonizar escândalos. Tudo isso, é claro, previsto em contrato. Por serem exemplos para os jovens, era necessário que os seis andassem na linha para a imagem da banda não ser prejudicada. Quem infringisse uma das regras, correria o risco de pagar aos produtores uma indenização milionária.
Certezas e especulações à parte, a verdade é que os tempos são outros e é muito improvável que os integrantes da nova geração rebelde passe pelo que o RBD passou, né? Ainda bem! Aliás, conta pra gente: já maratonou o reboot da Netflix? Quem é o seu personagem favorito?