"A Casa do Dragão" entrega todo domingo um episódio inédito que gera uma enorme repercussão nas redes sociais. Repetindo o feito de "Game of Thrones", o derivado da série épica da HBO tem bastante diferenças em relação ao título que a originou. Ainda que se passe no mesmo universo, o seriado que acompanha a Casa Targaryen 172 anos do nascimento de Daenerys (Emilia Clarke) está caminhando para ganhar o seu próprio espaço na cultura pop. E, para que você conheça mais sobre ele, confira estas 7 curiosidades.
Os showrunners de "Game of Thrones" não são os mesmos de "A Casa do Dragão". Enquanto David Benioff e D.B Weiss comandaram a série original, o spin-off ficou a cargo do escritor George R.R. Martin e dos cineastas Miguel Sapochnik e Ryan Condal.
Muita gente não sabe, mas "Game of Thrones" foi livremente inspirada na Guerra das Rosas, um conflito que aconteceu na Grã-Bretanha entre 1455 e 1485. "A Casa do Dragão" também se inspirou em um evento histórico. A guerra civil que acontecerá no spin-off, conhecida como a Dança dos Dragões, surgiu a partir da Anarquia, que aconteceu na Inglaterra e Normandia entre os anos 1135 e 1153, após Henrique I, que governava a Inglaterra, perder seu filho, Guilherme Adelino, no naufrágio do Navio Branco em 1120.
Depois disso, o monarca se casou para poder entregar um herdeiro do sexo masculino, mas não obteve sucesso. Por esse motivo, sua única filha, Matilde, assumiria como Imperatriz, como foi decidido antes da morte do rei. Mas, o sobrinho dele, Estêvão de Blois, tomou o trono com a ajuda do seu irmão mais novo e outros apoiadores que rejeitavam o fato de uma mulher assumir o poder. Esse conflitou resultou em uma guerra civil entre os parentes, o que levou a um período de grande agitação social e política.
O Trono de Ferro é um dos elementos que unem diretamente "GoT" e "A Casa do Dragão". O local onde o rei/rainha de Westeros se senta para demonstrar seu poder sobre o império segue quase o mesmo, mas com algumas mudanças importantes. O trono presente no prequel tem um design diferente, sendo maior e mais assimétrico, de forma a parecer mais como ele é descrito nos livros de Martin.
Em breve, o derivado de "Game of Thrones" contará com um salto temporal e boa parte dos atores principais serão substituídos. A pessoa que entrará no lugar de Milly Alcock como Rhaenyra Targaryen é não-binária. E atore Emma D'Arcy assumirá como protagonista, colocando mais diversidade no elenco.
Os episódios de "A Casa do Dragão" estão custando bastante para os bolsos da HBO, mas o lucro é certo. Cada capítulo da primeira temporada do spin-off está custando em torno de US$20 milhões. Isso é três vezes mais do que os episódios do ano de estreia de "Game of Thrones" e o dobro do que custava cada um dos capítulos da 6ª e 7ª temporadas da série principal. Afinal, com mais dragões, também vem mais investimento em CGI e efeitos visuais, o que não sai nada barato.
E quem é fã de verdade das adaptações de "As Crônicas de Gelo e Fogo" com certeza reparou na diferença entre os dragões de "Game of Thrones" e "A Casa do Dragão". De acordo com o showrruner Ryan Condal, as criaturas do spin-off - que totalizam 17 dragões - são mais naturais, enquanto as do título que deu origem ao seriado são mágicos. "Os dragões de 'A Casa do Dragão' nascem e crescem como dragões normais. Os de Daenerys nasceram por meio da magia e, por isso, amadureceram mais rapidamente", explica.
As personalidades dos animais mágicos também são um grande destaque. "Nós realmente tentamos imbuí-los em personalidades individuais. Com o tempo, o público poderá percebê-las. Elas se relacionam à animação dos dragões e à maneira como eles interagem com os cavaleiros. Para mim, são os personagens mais memoráveis desse universo".
Condal também já revelou duas séries que inspiraram bastante "A Casa do Dragão": "As coisas que mais referenciamos na sala [dos roteiristas] foram 'The Crown' e 'Succession', apenas no tom e na forma que mostram o que nós, os escritores, estávamos gostando e imersos".