Não é nenhuma novidade que a Arlequina - ou Harley Quinn, para os íntimos - de "Esquadrão Suicida" foi uma personagem, no mínimo, polêmica. Apesar de ter sido o maior destaque do filme, muito por conta da atuação maravilhosa da Margot Robbie, os fãs sentiram que a história da vilã poderia ter sido mais explorada. Além do olhar bem machista em que a colocaram - a roupa hipersexualizada, os focos da câmera no corpo da atriz e a total dependência do relacionamento abusivo com o Coringa -, ela quase não teve destaque nas cenas de luta e também não ganhou os melhores diálogos.
Mas podem ficar tranquilos: Tudo mudou em "Aves de Rapina". Agora Harley é uma mulher independente e o filme mostra isso com detalhes tão poderosos quanto sutis, que passam o recado direitinho. E a gente te conta as 6 diferenças da personagem que mais chamaram atenção. E o melhor: sem spoilers!
Vamos combinar: "Esquadrão Suicida" foi muito preguiçoso e sexista com os looks da Harley. Além do micro short que ela usa a maior parte do tempo, só a vimos com o uniforme da prisão e um vestidinho que, claramente, foi escolhido por um homem. Em "Aves De Rapina", as roupas estão bem mais interessantes! Funcionam para a tela do cinema porque são incríveis de se ver, mas vão muito além disso: refletem a personalidade divertida e excêntrica da Arlequina.
Caso alguém tenha esquecido, antes de se tornar a nossa vilã favorita, a Arlequina era a Dra. Harleen Quinzel - que, nos quadrinhos, é conhecida por ter um QI "nível gênio". E mesmo depois de passar pelo tratamento de choque do Coringa, ela ainda manteve as suas habilidades de psiquiatra, mas quase não vimos isso em "Esquadrão Suicida". Em vários momentos do novo filme ela ainda usa essas habilidades para entender seus inimigos e até manipulá-los.
A Arlequina é uma lutadora e ginasta nata. E é claro que, apesar de também ser um filme de equipe, "Aves de Rapina" daria muito mais destaque para ela mostrar ao que veio. Enquanto no outro filme ela só teve uma cena de luta sozinha (apesar de, literalmente, ter salvado o mundo), neste nós fomos presenteados com a Harley lutando em câmera lenta, com armas, taco de baseball, marreta e até seus patins clássicos! Tudo o que ela tinha direito.
Se em "Esquadrão Suicida" a gente já morreu de rir com as tiradas da Arlequina, "Aves de Rapina" elevou isso à milésima potência. Tagarela como sempre, agora ela teve a liberdade de ser desbocada e completamente doida. Seja nas cenas sofrendo pelo término com o Coringa, debochando do vilão Máscara Negra, falando besteira bêbada ou fazendo piada com as companheiras de equipe, a gargalhada é certa!
Mas nem tudo é piada no filme, viu? Em "Esquadrão Suicida" a gente já percebeu que a Arlequina tem mais dimensões do que só "ser louca". Agora, por ser a protagonista, ela mostra várias emoções e faz até a gente se identificar com ela. Vimos medo, tristeza, mágoa, raiva e até mesmo um afeto pela personagem da Cass - e pela hiena de estimação, o Bruce. Ah, nem precisa dizer que a Margot Robbie arrasou demais na atuação, né?!
Pelo nome do filme, já dava pra perceber que não seria mais uma história em torno do relacionamento com o Coringa. A "emancipação fantabulosa" da Arlequina foi real e trouxe relações muito mais interessantes com outros personagens, não só com as outras Aves de Rapina. Ao longo do filme a gente percebe que a Harley realmente conhece as pessoas de Gotham e, claro, criou vários inimigos... Mas amigos também! A relação dela com o Doc (Dana Lee) surpreende. Ok, prometemos zero spoilers, mas aí vai um: Ela ficou mesmo magoada quando ele foi embora. Vilões também tem coração! "Esquadrão Suicida" até tentou trabalhar a amizade dela com os outros personagens, mas no final não conseguiu entregar a mesma verdade.