"Casamento às Cegas Brasil" está voltando com uma nova temporada! O segundo ano do reality show de sucesso da Netflix, apresentado por Camila Queiroz eKlebber Toledo, chega ao serviço de streaming em 28 de dezembro e introduzirá dez homens e mulheres solteires que buscam pelo par ideal. O Purebreak Brasil teve acesso aos primeiros episódios da nova leva e conta aqui alguns temas super necessários que estão presentes na 2ª temporada.
Tudo já começa com uma grande polêmica. Uma das meninas acaba se dando muito bem com os caras e, por conta disso, vai parar no ranking de vários participantes, sendo bem disputada. Isso faz com que ela seja interpretada como conquistadora e muitos rapazes começam a ficar desconfiados, a ponto de levarem essa questão para a mesma, como se ela fosse culpada pelas trocas que teve.
Nesse momento, vemos como o machismo aparece na conversa e como a jovem é descredibilizada só porque é uma mulher tendo conversas com muitos rapazes - em um reality show que é feito justamente para isso -, enquanto se fosse um homem na mesma situação dificilmente haveria algum problema em torno dessa questão.
Medo de abandono, dificuldade em acreditar que pode achar amor e ser desejade, traumas do passado, receio de ser trocade por outre participante... todas essas questões aparecem já nos episódios iniciais, mesmo que de forma superficial. A nova temporada mostra como todes temos pontos a serem trabalhados e como isso dificulta o encontro com ume nove parceire.
Também é interessante ver como a maioria do elenco preza pela responsabilidade afetiva nos seus relacionamentos. Ainda que se sinta dividide entre mais de ume participante, no geral, os homens e mulheres são honestes quanto aos seus sentimentos, mesmo que não seja o que a pessoa do outro lado da cabine queira ouvir.
Outro ponto que começa a ser levantado na temporada é a questão da gordofobia. Uma das integrantes do elenco feminino apresenta muitas questões de insegurança por conta do seu peso e aparência física e teme que seja rejeitada quando e indivídue do outro lado da tela a ver pessoalmente.
Isso porque nossa sociedade tem um preconceito estrutural com pessoas gordas e as coloca num limbo em que, na teoria, elas não são passíveis de serem amadas. O que não é verdade e um encontro às cegas é justamente a prova disso.
Mais um tópico interessante que aparece nos episódios diz respeito à identidade racial des confinades. Vemos que há participantes negres que se sentem mais confortáveis em se relacionar com pessoas da mesma etnia, por compartilharem de questões que indivídues branques nunca entenderão, e valorizam uma forma de identificação.
Ainda que o programa não permita que os membros do elenco saibam detalhes da aparência física da outra pessoa, a identificação acontece por outros critérios, como religião, gostos musicais e apreciação pela cultura afrodescendente, que torna possível a formação de um casal afrocentrado logo de cara.
Por fim, um dos primeiros episódios da temporada termina com uma grande reviravolta. Sem dar spoilers, uma atitude é tomada e isso gera várias consequências. É importante esse debate ser levantado para vermos como nós mesmes podemos afetar es outres a partir de questões particulares que precisamos resolver por conta própria.