O tempo é o melhor remédio para curar as dores e também nos ensinar sobre a vida. Por isso mesmo, a novela "Império", que voltou a ser exibida na Globo logo depois do término de "Amor de Mãe", não está recebendo tanto carinho do público como na primeira vez em que apareceu nas telinhas, entre 2014 e 2015. Por mais que a produção tenha sido elogiada e até premiada, vemos que os personagens apresentam um estilo de trama muito tradicional para a audiência de hoje.
Mesmo assim, para os noveleiros de plantão, "Império" continua sendo uma opção para se entreter nas noites da semana e, sabendo da raiva que eles passam com os personagens chatos, listamos 8 deles aqui com os motivos para que a trama pudesse ser diferente, apresentando figuras mais reais e relevantes para a atualidade. Vem ver se você concorda com o Purebreak!
Para que correr tanto atrás de um homem, Du? A personagem até que é uma pessoa boa, mas faz de tudo pelo filho mais novo do Comendador, João Lucas. A coitada até circulou com um taxista pela cidade, arriscando o cara em locais perigosos, só para dar conta das besteiras que o amigo apronta. O cabelo da atriz pode ter sido um sucesso na primeira exibição, mas continuar pagando de otária, mesmo com o personagem louco de amores pela "sweet child", já é demais!
Maria Ísis, a "sweet child"
A atuação trouxe mais visibilidade para Marina Ruy Barbosa, mas hoje vemos como a personagem é problemática. Maria Ísis fica só presa naquele apartamento, onde aparece constantemente de lingerie, mostrando como a imagem dela é sexualizada. A personagem parece que cumpre o papel de amante do protagonista e ponto. Ela não tem atitude para nada, sendo influenciada pelos pais a todo momento. Mesmo que Ísis seja uma pessoa jovem, a maneira como é mostrada revela uma imaturidade bem forçada e a personagem dificilmente rende cenas marcantes na novela.
Magnólia e Severo, os pais de Maria Ísis
Os pais de Maria Ísis podem até ficar juntos, porque os motivos são os mesmos: dois trambiqueiros que só sabem explorar a filha e passam dos limites na picaretice. Até forçar uma gravidez em Maria Ísis, para aproveitar a fortuna de José Alfredo, eles tentaram. A trama dos dois fica meio à parte na novela e, além disso, os personagens poderiam servir algum humor, mas não é o que acontece. Sem falar do Robertão, o outro filho do casal, que também vive atrás de golpes para se dar bem.
José Pedro, o filho mais velho do Comendador
Ainda há muitas revelações sobre o Zé Pedro para rolar, mas no momento em que a trama está já dá para perceber como o cara é mimado. Maria Marta, sua mãe, quer que ele seja o sucessor do pai na empresa e não esconde que o personagem de Caio Blat é seu filho preferido. Mesmo sendo uns dos vilões da novela, o primogênito do Comendador deixa que a mãe interfira em sua vida das piores maneiras.
Vamos começar pelo fato de que a família de José Pedro mora no mesmo teto que Maria Marta e a mulher faz de tudo para implicar com a esposa do filho, Danielle. A moça até tenta arrumar um apartamento para sair dessa confusão, mas sofre com os planos da sogra. Mesmo sabendo que a mãe faz essas coisas, José Pedro não interfere e deixa a mulher infeliz. Coitada!
Cora, a vilã da novela
Vilãs também podem ser amadas, mas esse não é o caso de Cora. A tia de Cristina, que passa por poucas e boas na novela, se intromete na vida da sobrinha o tempo todo, mas ninguém faz nada. A mulher opina até na escolha amorosa da menina, que, ao invés de dar um corte na tia, prefere deixar passar. Fora que Cora é assim com outras pessoas do bairro e é conhecida por isso já. Os vizinhos, apesar de também não gostarem da mulher, ficam quietos. Pelo menos na atuação, Drica Moraes e Marjorie Estiano, que depois reassume o papel, dão um show.
Enrico, o noivo de Maria Clara
Enrico é o famoso boy lixo. Machista, homofóbico e mimado, o personagem é dono de um restaurante de renome, mas não coloca a mão em uma colher de pau sequer para trabalhar no estabelecimento. Ele critica tudo que os funcionários fazem e ainda destrata as pessoas que estão lá só para trabalhar. Para que isso, né? Sem contar o romance com Maria Clara - a filha preferida do Comendador - que já rendeu uma cena em que Enrico afirmava que era, sim, machista, só porque gostaria de pagar as contas quando se casassem e ela ficasse em casa. Oi?
Carmen, a advogada do falso pintor
Carmen é a advogada que ajudou Orville a deixar a prisão. O falso pintor fez a esposa, Juju, vender a casa para conseguir sair das grades e depois largou a mulher para ficar com Carmen. O problema com a advogada é que a personagem acaba sendo muito forçada, reproduzindo a clássica imagem de uma mulher super nojenta. A narrativa do casal, que se aproveita de um prisioneiro esquizofrênico que faz pinturas abstratas de alta qualidade estética, também fica deslocada do resto da trama.
Menção honrosa: o Comendador
Por último, mas não menos importante, temos o protagonista da novela. Sim, o Comendador pode ter caído no gosto do povo no passado, mas agora a gente percebe como o cara é sem noção e chato às vezes. Primeiro: por que ele precisa chamar Maria Ísis de "sweet child" - o que é bem problemático, se nos perguntam - e não deixa a menina se resolver em nada? Zé Alfredo também espalha arrogância por aí e tem a autoestima lá em cima. Tudo bem que ele conquistou a Império e se tornou milionário (tudo às custas do trabalho dos outros), mas a educação é sempre bem-vinda, né? Ao menos o dono da empresa de joias não destrata ninguém por conta da condição financeira, no entanto, adora dar respostas curtas e grossas sem necessidade.