Por Renata Kurisu
Sequência de "Uma Jornada Inesperada" traz Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) tentando sobreviver ao lado de anões! Os elfos Legolas (Orlando Bloom) e Tauriel (Evangeline Lily) ganham destaque e mostram que tem sim um objetivo na trama.

"O Hobbit - A Desolação de Smaug" chega aos cinemas nesta sexta-feira (13) e promete deixar os espectadores grudados na cadeira com o desenrolar da trama mais amada pelos adoradores da Terra Média. O Purebreak já assistiu o longa e vai contar para vocês o que esperar do segundo longa da trilogia "O Hobbit".

O filme chega com três opções de visualização: com ou sem 3D, e IMAX. As três contarão a mesma história, só que o 3D acaba brincando com pequenos detalhes muito bem feitos que servem para impressionar a plateia. Além das conhecidas paisagens que deixam os olhinhos brilhando, os efeitos especiais estão muito bem feitos - uma das coisas que não dá pra reclamar - com destaque ao dragão Smaug e as escamas de seu corpo.

Vale a pena ficar atento a trilha sonora que está sempre variando entre as músicas dos elfos (mais tranquilas), com a dos hobbits (a clássica faixa herdada de "O Senhor dos Anéis") e as dos anões com menção a "I See Fire", canção de encerramento produzida por Ed Sheeran, que transparece claramente os sentimentos da raça.

Mudanças e descobertas

A sequência vem amadurecida e deixando para trás o lado mais divertido que estava presente em "Uma Jornada Inesperada". É claro que o filme tem seus momentos que fazem dar uma risadinha e sacadas que deixam os fãs felizes, mas a produção não se estende nessas brincadeiras.

Se no primeiro longa o público descobre como Bilbo Bolseiro (Martin Freeman, mostrando que realmente foi a escolha certa para o papel) embarca em uma aventura bem diferente pros padrões de vida de um hobbit, nesse a galera vai descobrir de cara como o anão Thorin (Richard Armitage) entra na jornada para recuperar o trono da Montanha Solitária. Ou você estava achando que ele sempre quis voltar pra um lugar que mora um dragão sem ter alguma informação ou garantia boa em mãos?

Por sinal, a trama lida bastante com todo o poder desejado pelos personagens. Bilbo se torna possessivo em relação ao Anel e muito mais corajoso agora que tem os poderes que ele oferece. Enquanto Thorin precisa lidar com a ganância sobre o ouro que condenou seu avô e Smaug (Benedict Cumberbatch, o protagonista de "Sherlock", e que também faz uma dobradinha como o Necromante) luta para continuar com seu tesouro.

A fuga continua

Tirando o momento flashback da cena inicial, "A Desolação de Smaug" tem como ponto de partida exatamente o final da "Jornada": os 13 anões, Bilbo e o mago Gandalf (Ian McKellen) fugindo que nem malucos dos Orcs. Resumindo a missa: eles passam o filme inteiro tentando escapar deles enquanto histórias paralelas e mais importantes se desenrolam.

O time de baixinhos - sim, Gandalf largou eles e foi dar uma volta na Terra Média para investigar problemas - se aventura a entrar na Floresta das Trevas. É claro que eles acabam se perdendo e quase virando comida de aranhas. Mas nem tudo é tão ruim assim... Bilbo tem que agradecer ao Anel por ainda estar vivo na história. O hobbit usa e abusa do poder dele em seus momentos de fuga e acaba salvando os companheiros anões em diversos momentos como esse.

E surgem os elfos e com eles: Legolas...

Infelizmente os pequenos não são muitos para lidar com tantas aranhas e acabam sendo salvos - ou não - pelos Elfos da Floresta. É nesse momento que Legolas (Orlando Bloom) e Tauriel (Evangeline Lily) entram na história. Muitos reclamaram do elfo aparecendo já que ele não está no livro. Mas acreditem: a entrada dele na trama não foi só feita porque é um dos personagens mais carismáticos e queridos de "O Senhor dos Anéis".

Legolas está bem colocado na trama e não modifica a história já conhecida. E muitos fãs vão adorar ver referências a um certo anão amigo dele em "O Senhor dos Anéis".

Enquanto Tauriel, que foi criada só para o filme, merece mais atenção do que insultos. Ela, de fato, é a única mulher no longa e sua presença como Capitã da Guarda é muito bem usada. Pode ser como affair de dois personagens que podem nunca concluir um desejo romântico, como também uma presença que volta e meia está salvando a vida dos protagonistas.

Pelo que dá pra perceber a produção achou legal colocar a duplinha élfica como os grandes salvadores do dia. Além disso, fica bem clara a leveza dos elfos em contraste com o jeito "rude" dos anões.

Situações importantes pra ficar de olho

Com a trama se desenrolando muitas coisas importantes vão aparecendo, mas não vale a pena estragar a surpresa contando tudo, certo? Fiquem atentos principalmente nessas cenas.

Fuga em barris - Os anões e Bilbo sempre estão fugindo, mas essa sequência repleta de ação com anões, Orcs e elfos é de encher os olhos com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.

Anões e o óbvio - Infelizmente a raça parece deixar as coisas escaparem direto por debaixo de seu nariz. Providencialmente, eles tem Bilbo pra sempre apontar o que estão procurando ou deixando de interpretar.

Smaug sob a Montanha - O dragão acaba sendo despertado por Bilbo no meio de todo aquele tesouro. Infelizmente não tem uma cena com ele nadando no meio dos ouros apesar do hobbit estar resistindo a tentação. Para não virar churrasquinho, Bilbo começa a chamar Smaug com diversos títulos divertidos. Uma pena que quando Thorin aparece, o anão não poupa insultos a criatura.

sobre
o mesmo tema