Uma tiktoker conhecida como "Rainha do Narco" morreu nesta segunda-feira (24), no Chile. Sabrina Durán Montero era influenciadora no TikTok, mas também era líder do narcotráfico. A jovem de apenas 24 chegou a ser condenada por seu envolvimento no tráfico, mas estava em liberdade quando foi morta a tiros no meio da rua. Agora, a polícia está investigando o crime, que provavelmente foi premeditado. Além disso, a família está com medo de um novo ataque no funeral. Entenda o caso.
Tiktoker "narcoinfluencer" foi assassinada à luz do dia
Nesta segunda-feira (23), Sabrina estava dirigindo pelo município de Padre Hurtado, no sudoeste da capital chilena. Era por volta de 9h da manhã quando sofreu uma emboscada. O grupo disparou 7 vezes contra a jovem, fugiu com o seu carro e a deixou agonizando na rua. O veículo foi encontrado queimado a 35 Km do local do assassinato. Alguns vizinhos chegaram a chamar socorro. Porém, Sabrina morreu em decorrência dos ferimentos quando era transferida para um Serviço de Atendimento Primário de Urgência (SAPU).
Quem era Sabrina Durán Montero, "Rainha do Narco"?
Sabrina Montero não era uma simples tiktoker, mas uma "narcoinfluencer". Com mais de 450 mil seguidores, ela costumava postar seus vídeos na prisão. Ela aparecia dançando ou cantando dentro do local. Sabrina foi condenada por seu envolvimento com o tráfico e estava presa até setembro deste ano. Ela foi liberada e passou a cumprir liberdade condicional. Sabrina era chamada de "Rainha do Narco" por seus fãs na internet.
Assassinato pode ter a ver com namorada de Sabrina
A polícia está investigando o assassinato de Sabrina, mas a principal suspeita até agora é de que foi premeditado. "Essas pessoas tinham uma ideia pré-concebida sobre a forma como iriam agir. Informações preliminares indicam que a esperavam", afirmou o promotor do Metropolitano Ocidental, Pablo Sabaj. Uma das hipóteses é que o assassinato tenha sido uma retaliação para atingir a namorada de Sabrina, Antonella Marchant, que é líder de uma gangue envolvida no tráfico de drogas. As duas se conheceram no Centro Penitenciário Feminino (CPF) do município de São Miguel, quando cumpriam penas por crimes relacionadas a drogas.
Agora, a polícia está preocupada com o funeral de Sabrina. Eles estão em contato com a família da vítima, tem medo de um novo ataque dos criminosos durante o velório. Os "narcofunerais" são uma prática que vem crescendo no Chile e consistem em grandes cerimônias de até 3 dias, tanto no bairro onde o criminoso vivia quanto nos cemitérios. Membros das quadrilhas que criminoso fazia parte atiram para o alto, explodem bombas e lançam fogos de artifício, dentre outras coisas. O presidente do Chile, Gabriel Boric, já enviou um projeto de lei para limitar o horário em que esses funerais de "alto risco" acontecem. Porém, por enquanto, o funeral da "Rainha do Narco" é um grande perigo.