Para quem não sabe, "Turma da Mônica" existe desde 1970 e, mesmo que sutis, algumas mudanças aconteceram no mundo e na forma de pensar das pessoas (de algumas, na verdade). E é claro que isso refletiu no novo longo da história de Maurício de Sousa, "Turma da Mônica - Laços", adaptado por Daniel Rezende. E a filha do autor principal (e musa que inspirou a trama tão conhecida), Mônica Souza, fala sobre essa mudança de tempos!
"É a evolução dos tempos. (...) Antes, a Mônica era muito mais brava e o Cebolinha a irritava mais, usando algumas características contra ela, de uma maneira que a inibia. Nós fizemos adaptações para acompanhar a evolução dos tempos, pensando no que é melhor", diz em entrevista ao O Globo, se referindo ao apelido de "gorducha" que a personagem tinha na história em quadrinhos.
E parece que a aparição de meninas na história é discutida desde a época dos quadrinhos! "Meu pai era muito cobrado", diz sobre ausência de garotas. Por isso, Mônica, Magali e Maria Cebolinha foram criadas. "Depois, as leitoras começaram a pedir mais protagonismo da Mônica, porque, de alguma maneira, elas se sentiam empoderadas ao ver uma menina mandando em um grupo de meninos", finaliza.
Igualdade de gênero desde bebê
Para Mônica, existe uma dificuldade em se encontrar personagens femininas fortes. Já para Giulia Benite, responsável por dar vida à protagonista em "Turma da Mônica - Laços", diz que participa dessas discussões sobre igualdade de gênero desde que nasceu. "Às vezes eu me sinto empoderada até demais", brinca. "Mas é melhor assim, porque muitas meninas pensam que elas são menos que os meninos e elas não são", responde Mônica.
E aí, quem já foi assistir "Turma da Mônica - Laços"? O longa já está disponível em todos os cinemas do Brasil!