Larissa Barros Redatora
A louca do K-Pop e música em geral, adoro saber tudo de novo que surge no mundo, de teorias da conspiração até o último modelo de celular. Aquariana raiz, adoro tudo que é diferentão e não faço nada sem uma trilha sonora para acompanhar.
A nova dor de cabeça dos artistas é a revenda de ingressos. Alguns cantores e grupos de música veem seus ingressos esgotarem rapidamente, mas depois descobrem que nem todos foram vendidos. Há uma economia em torno de plataformas como Viagogo ou StubHub, que compram em massa e tentam revender a preços mais altos.

A banda alemã Rammstein decidiu acionar os tribunais contra o Viagogo para evitar a revenda de ingressos para sua turnê europeia de 2023. Segundo o Loudwire, o grupo e seu promotor, MCT Agentur, apresentaram uma ação para impedir a revenda das entradas, com base nas regulamentações de proteção ao consumidor definidas recentemente em maio de 2022.

Além da ação judicial, os ingressos de Rammstein serão nominativos a pedido do artista. No momento da compra, será necessário inserir o nome e o número de identidade, que aparecerão no ingresso. Caso compre um ingresso em uma página de revenda, não terá nenhum direito, pois estará sendo vítima de fraude, conforme explicam as condições de venda.

O advogado de Rammstein, Sebastian Ott, explica sua visão sobre a polêmica: "Os compradores muitas vezes não percebem que não estão comprando ingressos do organizador, mas sim do mercado secundário de ingressos. A legislação reconheceu essa deficiência e agiu".

A luta de Rammstein contra o Viagogo é antiga

Já no final de 2018, eles criticaram os métodos da empresa: "É um aviso para qualquer um que pense que pode vender ingressos inválidos do Rammstein a preços exorbitantes e anunciá-los nos motores de busca populares". Eles criticam o SEO (otimização para mecanismos de busca) da venda de ingressos, onde os revendedores conseguem colocar seus ingressos nos primeiros lugares das buscas, eclipsando os canais oficiais.

A falta de regulamentação facilita a especulação. No mundo físico, a revenda de ingressos é proibida, mas no mundo digital ainda não há uma regulamentação clara. Isso levou grupos como Rammstein a denunciar diretamente, buscando uma decisão específica dos tribunais.

Para grupos tão populares como Rammstein, é comum que os ingressos esgotem rapidamente, permitindo que sejam revendidos por preços mais altos que o original. Quando os ingressos são vendidos a preços mais baixos, não há problema, mas quando se tenta fazer negócio, sim. O problema é que as mesmas plataformas que permitem o acesso a ingressos mais baratos também facilitam a revenda a preços mais altos, o que torna a regulamentação complicada.

Não há uma solução simples, mas a decisão de Rammstein de tornar os ingressos nominativos e recorrer à Justiça é um movimento acertado para tentar resolver o problema.

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