"É para proteção", "Só tem quem quer", "Não apresenta mais riscos do que um acidente de carro, por exemplo"... Esses são os argumentos de quem defende a liberação da posse de armas no Brasil. Por outro lado, pessoas contrárias a essa Lei estudada pelo presidente Jair Bolsonaro e em votação no Congresso expunham os riscos que todos corriam, avisando que "o brasileiro não está preparado para andar armado". O que é verdade, se for parar para pensar nas banalidades que acabam em tragédia hoje em dia, como uma simples briga de trânsito ou, veja só, um esbarrão na rua. E agora mais três vítimas inocentes desse "não apresenta riscos" são apresentadas ao mundo: o ator Rafael Henrique Miguel, de 22 anos, e seus pais, João Alcisio Miguel (52) e Miriam Selma Miguel (50), foram assassinados neste último final de semana, por motivo ainda desconhecido, e situação fez discussão sobre Lei armamentista ser reacendida.
O crime ocorreu no início da tarde deste domingo (9), na Estrada do Alvarenga, bairro da Pedreira, Zona Sul da capital paulista. O suspeito pelo crime é Paulo Mathias, de 48 anos, pai da namorada de Rafael Henrique. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o ator, conhecido por seu papel de Paçoca em "Chiquititas", do SBT, foi à casa da namorada acompanhado de seus pais, com intenção de conversar com os pais da jovem sobre o relacionamento. Eles foram recebidos pela menina e sua mãe. No entanto, o comerciante Paulo Cupertino Matias (48) chegou ao local armado e efetuou os disparos nas três vítimas, que morreram no local. Matias fugiu do local e ainda não se sabe qual foi a motivação do crime, mas, segundo informações, o comerciante tinha um ciúmes doentio da filha e não aceitava o namoro.
Muitas pessoas lamentaram o ocorrido e mandaram mensagens de apoio à família de Rafael.
Complicado, né? Afinal, aonde este caso apresentava riscos? Aonde a atitude foi legítima defesa?