Até ano passado, poucas pessoas conheciam de fato a Billie Eilish. Com um pop bem ~diferentão, looks folgados e letras fortes e até um pouco negativas, a cantora foi ganhando visibilidade e, no final de 2019, foi eleita a Mulher do Ano pela revista Billboard. Mas que processo foi esse que a artista passou para se tornar quem ela é hoje?
Para início de conversa, Billie já deixou bem claro que não tinha muita noção do que estava acontecendo no início da carreira: era muito dinheiro entrando na conta, o assédio dos fãs aumentando, fora os problemas que uma adolescente normal passa na vida... é, o início não foi nada fácil. "Dois anos atrás, eu senti que nada importava; tudo era inútil. Não só na minha vida, mas tudo no mundo inteiro. Eu estava totalmente deprimida clinicamente. É loucura olhar para trás e não estar mais. Eu era uma garota de 16 anos bem instável. Eu estou no lugar mais feliz da minha vida e eu nem achava que chegaria a essa idade. (...) Eu não achava que seria feliz novamente. E aqui estou, cheguei a um ponto em que finalmente estou ok. Não é porque sou famosa. Não é porque tenho um pouco mais de dinheiro. São tantas coisas diferentes: crescer, pessoas entrando na sua vida, certas pessoas deixando a sua vida", relembrou em entrevista recente.
Aliás, todas as suas falas sobre os problemas que passou, como depressão e dismorfia corporal, chegam até os jovens como uma mensagem positiva: além de se identificar, o adolescente que esteja passando por situações semelhantes sempre pode ver que existe uma saída e que outras pessoas já tiveram os mesmos problemas e, hoje em dia, seguem a vida normalmente.
A Billboard não poupou elogios ao anunciar que Billie foi eleita a mulher do ano em 2019. "Billie mexeu com a indústria do entretenimento com sua música e plataformas digitais, deixando um impacto indelével no espírito cultural global. Sua habilidade de conversar com a Geração Z, fazendo com que adolescentes e jovens adultos se sintam aceitos na sociedade de hoje permitiu que Billie crescesse até o topo dos rankings, quebrando o molde para essa geração com seu cabelo colorido e sua atitude forte", disse Hannah Karp, diretora editorial da revista. Poder é o nome!
A prova dessa evolução foi dada pela revista Vanity Fair, que comparou uma mesma entrevista da artista nos últimos três anos - sim, com direito às mesmas perguntas e tudo o mais. Fazendo um balanço de tudo, Billie assume: "Eu definitivamente não era confiante no ano passado como era no ano anterior a esse. Mas, com certeza, estou bilhões de vezes mais confiante do que esses dois anos juntos. Eu sinto que, provavelmente, estou mais confiante do que jamais estive na minha vida. (...) Lá atrás, eu pensava que aquilo era o máximo que iria conseguir. E eu pensava que era o máximo que iria ser reconhecida, o máximo que todos iriam conhecer de mim e era o máximo de dinheiro que eu teria", compara.
E é claro que a carreira artística também não deixou a desejar em 2019: além dos lançamentos das inéditas "bad guy", "bury a friend", "everything I wanted" e "all the good girls go to hell", Billie também lançou uma marca de roupas infantis, ganhou prêmios, fez performances em eventos e ainda gravou uma versão alternativa de "bad guy" com seu grande ídolo, Justin Bieber. Vitórias na carreira e na vida pessoal: temos!
São tantas coisas acontecendo em apenas um ano que podemos até ter deixado algo passar... Mas temos uma afirmação: 2019 foi o ano de Billie Eilish e 2020 ainda nos reserva coisas maravilhosas sobre a artista! Ansiosos?