De acordo com matéria publicada pelo Estadão, na semana passada, os cortes promovidos pelo governo do atual Presidente Jair Bolsonaro irão impactar diretamente os investimentos na prevenção e controle do câncer. O assunto voltou à tona nesta terça-feira (4), muito pelo início do Outubro Rosa, mês reservado para debates e medidas de conscientização sobre o câncer de mama.
Ainda segundo o jornalista Felipe Frazão, responsável pelo artigo, o objetivo é acomodar dinheiro no orçamento secreto, que é "usado para acordos políticos". A atitude polêmica chama atenção na mídia, enquanto o país caminha para um 2º turno das eleições, em que Bolsonaro disputa um 2º mandato contra o ex-Presidente Lula, do PT.
A investigação do Estadão aponta que a verba de combate à doença passará de R$ 175 milhões para R$ 97 em 2023, representando um corte de 45%. Outros programas, destinos a repasse de dinheiro para compra de materiais, ferramentas e reformas de unidades hospitalares e ambulatórios, também foram afetadas.
Atualmente, o câncer é uma das doenças que mais mata brasileiros e, no Outubro Rosa e Novembro Azul, especialistas destacam a importância de reconhecer os sintomas precoces da doença. Os meses em questão têm foco no câncer de mama e de próstata, respectivamente. Não é o primeiro sinal de descaso de Bolsonaro, que já vetou temporariamente a distribuição de absorventes e outras medidas de interesse público.
Por fim, o veículo jornalístico confirma que redes com foco em gestantes, dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais também tiveram redução no investimento público - a fim de alimentar o orçamento secreto.