Depois de muita expectativa, as Eleições de 2022 aconteceram no último domingo (2), em todo território brasileiro. Já sabíamos que seria uma disputa tensa, com o país dividido em polos opostos. O clima segue parecido para o 2º turno, que rola em 30 de outubro, e terá Lula e Bolsonaro na briga pelo cargo de Presidente da República.
Mas para além de tensão e brigas, as Eleições 2022 também foram marcadas por inúmeros feitos históricos - alguns bem positivos -, que garantem que a votação será lembrada ainda por bastante tempo. O Purebreak separou 5 deles. Confira!
Para começar, é a primeira vez na história das Eleições que um ex-Presidente enfrenta um atual Presidente em exercício. Não só isso, como Bolsonaro foi o 1º Presidente, em disputa por um 2º mandato, que não abriu vantagem em relação ao seu adversário. Como sabemos, Lula está na frente, com 48% dos votos no 1º turno. Caso o candidato do PT ganhe as Eleições, no final de Outubro, Jair Bolsonaro também será o 1º Presidente na história da democracia brasileira a não conseguir reeleição.
As disputas eleitorais foram marcadas por agressões e muita opressão, infelizmente. Porém, há motivos para comemorar. O Brasil elegeu, pela 1ª vez, mulheres trans ao cargo de Deputada Federal. São elas Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, Duda Salabert, do PDT de Minas Gerais, e Roybeyoncé, do PSOL de Pernambuco. Aos poucos, a comunidade LGBTQIAP+ garante sua presença e representatividade política!
Como falamos, foi uma votação acirrada e bem polarizada. Talvez uma das evidências disso sejam os números de votos brancos e nulos. De acordo com o G1, o índice foi o menor em uma eleição desde 1994, com apenas 5,4 milhões - o que representa 4,4% do total. O portal ainda afirma que o número é quase metade do que vimos na última eleição, em 2018, em que brancos e nulos correspondiam a 8,8% de todos os votos.
Porém, é importante destacar que as Eleições de 2022 foram também marcadas pela abstenção de eleitores - ou seja, brasileiros aptos para votar, que não compareceram às urnas. Segundo o próprio TSE, mais de 32 milhões de pessoas não exerceram seu dever como cidadão, o que corresponde a quase 21% de abstenção. Agora, os faltantes têm até 60 dias para justificar a omissão e estão sujeitos a pagar multa para a Justiça Eleitoral.
Outro fenômeno que vimos por enfrentar uma eleição tão polarizada foram artistas e figuras públicas, que não se posicionavam politicamente, revelando o seu voto pela 1ª vez. Um exemplo, é claro, foi Anitta que não só declarou voto em Lula como fez campanha pelo ex-Presidente, a fim de lutar contra o governo antidemocrático de Bolsonaro. A gente sabe a importância de se posicionar, principalmente em momento de crise, né?
Como se já não estivesse claro: dia 30 de outubro será decisivo para a história do Brasil e, mais uma vez, teremos que votar conscientes para um futuro melhor!