Bruno Krupp: acusações de estupro e outros crimes aparecem após morte de menor

Preso após atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, Bruno Krupp está sendo investigado por homicídio com dolo eventual. Mediante a repercussão do acidente do último fim de semana, no qual a vítima perdeu a perna na hora da colisão, novas acusações contra o influenciador começaram a circular pelas redes sociais. Nesta quarta-feira (03), a modelo Priscila Trindade, de 28 anos, acusou o ex-namorado de Sarah Poncio de estupro e o caso ganhou ainda mais destaque quando outras jovens se revelaram vítimas dele também.

A acusação de Priscila Trindade aconteceu após o jornal "O Dia" noticiar que Bruno Krupp estava sendo investigado pelos crimes de estelionato e estupro. Em julho deste ano, uma mulher, de 21 anos, registrou uma queixa na Delegacia de Atendimento à Mulher, a Deam, em Jacarepaguá, afirmando que estava na casa dele quando os dois tiveram uma relação sem consentimento, na qual o pedido para que o ato sexual parasse não foi atendido.

Priscila Trindade disse que o mesmo aconteceu com ela. Em seu perfil do Instagram, a modelo denunciou o abuso ocorrido há alguns anos e contou ainda que Bruno Krupp teria tentado filmá-la sem roupa em sua cama. "Eu falei várias vezes para parar e ele me forçou. Depois de muito relutar, eu simplesmente cedi e foi horrível, me senti um objeto", relembrou.

Em desabafo, Priscila disse que se sentiu julgada ao contar para algumas pessoas o que havia acontecido e ter "relevado". "Após encontrar várias vezes e ele me pedir desculpas, acabei perdoando e achando que ele estava 'melhorando' (...) Descobri que ele fez coisas piores e fiquei bem mal, mas ainda assim não fiz nada. Pensar que ele já poderia estar atrás das grades há tempos e que, de alguma forma, meu silêncio, provavelmente, fez com que ele continuasse por aí fazendo as merd*s que faz, me deixa muito triste", lamentou.

Priscila Trindade deixou uma sequência de Stories compartilhando relatos de outras jovens vítimas de abuso. Ao todo, segundo ela, foram mais de 40 mulheres denunciando Bruno Krupp. Uma delas, sem identificar quem é, revela que ele a trancou em um quarto e disse que só devolveria seu celular se transasse com ele. Outra menina lamentou ter sido vítima da violência do rapaz quando tinha apenas 14 anos: "Me sinto um pouco culpada por saber que ele continuou todos esses anos criando novas vítimas".

E os relatos não pararam. "Tinha uns 16 anos quando acordei e ele não estava nem em casa. Colocou droga na minha bebida na noite anterior, fiquei vomitando do lado dele e ele não prestou nenhum tipo de ajuda. Quando fiquei sóbria, vi que não estava com a pulseira do evento no pulso porque ele tinha vendido", contou mais uma pessoa.

Ao "Metrópoles", o advogado de Krupp, William Pena, afirma que as denúncias não foram formalizadas na delegacia e que "tratam-se de pessoas querendo se beneficiar da situação".

Quem também fez expôs Bruno Krupp foi Brenda Paixão, campeã da 6ª temporada do "Power Couple". Em resposta a Priscila Trindade, a influenciadora disse que ele tentou agarrar a primeira namorada de Matheus Sampaio à força e foi agredido. "Depois, chamou os amiguinhos com arma de choque para darem uma surra nele [Matheus] na covardia. Bicho nojento! O pior é que a gente já sabe como essa história vai terminar", lamentou.

O caso tomou repercussão nacional e Bruno Krupp se manifestou pela primeira vez mediante às críticas. O influenciador, sem habilitação para pilotar a moto que estava no momento da batida, disse que foi um acidente de trânsito.

"Gente, pelo amor de Deus, eu sou a última pessoa que queria que isso tivesse acontecido. Pode ter certeza de que eu queria que o pior tivesse acontecido comigo. Eu fui levado de ambulância para o hospital, eu fui transferido de ambulância para outro hospital, eu não fugi do hospital, eu não fugi dos médicos. Eu fiquei três horas esperando no hospital para ser atendido. Ninguém me atendia [no hospital]. Eu estava morrendo no hospital, os empregados me tratando mal, batendo com a maca no corredor, me chamando de assassino, como se eu tivesse feito alguma coisa errada", disse.

Bruno Krupp teve o mandado de prisão preventiva, mas a juíza Maria Izabel Pena Pieranti determinou que ele seja investigado por homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar.