Ciúme é um sentimento natural. Assim como a raiva nos ajuda a nos impor e o medo é essencial para a proteção, o ciúme pode vir do receio de perder alguma pessoa querida. Por isso, evitar a todo custo sentir o que é natural pode ser um tiro no pé, já que controlar as emoções raramente dá certo.
Uma pessoa muito ciumenta pode ser assim por vários motivos. Uma crença de que não é suficiente, medo de ser esquecide e até mesmo traumas de outros relacionamentos. E nem precisa ser algo que você tenha vivido - muitas vezes se alguém próximo foi traíde ou sofreu com o amor, isso pode afetar a sua percepção de relacionamentos, quase como um "trauma indireto".
Independente da origem do sentimento, é preciso saber medi-lo. Qualquer emoção, quando sai do controle, prejudica nossa vida e, no caso do ciúme, muitas vezes ele vem acompanhado de raiva, ansiedade, rancor e mágoa. Por isso, é muito importante trabalhar esse sentimento não apenas para ter relações saudáveis, mas também para ser feliz consigo mesme.
Então, se você acha que seu ciúme pode estar passando dos limites ou, ainda, acha que é vítima de um ciúme possessivo, confira alguns sinais de alerta!
Em um relacionamento é comum, e até saudável, fazer parte da vida do outro. Mas isso não significa que você tem o direito de controlar tudo o que a pessoa faz ou com quem ela fala. A ideia de que é possível controlar alguém e que isso vai impedir a pessoa de trair ou mudar seus sentimentos em relação a você é uma mera ilusão.
Parte importante do relacionamento é a confiança, em si e no outro, e quem confia não precisa controlar. Se você suspeita que está sendo traíde, pense se realmente vale a pena insistir nessa relação e lembre-se que se a pessoa quiser mesmo trair, ela vai dar o jeito dela. Essa vigilância não ajuda em nada.
Falando em controle, uma das formas mais comuns de fazer isso é invadindo o espaço do outro. Ler mensagens nas redes sociais, solicitar senhas, saber com quem a pessoa conversa - tudo isso é um desrespeito com a pessoa amada. Ter limites e permitir que o outro tenha liberdade e livre arbítrio é um grande pilar de um relacionamento saudável.
E nem é questão da pessoa ter algo, de fato, a esconder, mas simplesmente dela ter uma vida para além do relacionamento. Além disso, as chances de encontrar uma mensagem aleatória e criar teorias infundadas em cima dela, muitas vezes distorcendo a realidade, são grandes. Então é uma prática realmente improdutiva.
Como falamos, ciúme nos faz ver coisas onde não tem. Então, é provável que você ache que a pessoa mudou o tom da conversa ou que falou sobre outro alguém com muita animação, desencadeando uma série de suspeitas e inseguranças. Às vezes, seja por traumas ou realmente uma falta de confiança em si, podemos ter o impulso de esperar o pior: "a pessoa me traiu", "não gosta mais de mim", "está querendo terminar". A dica para lidar com isso é trabalhar com fatos e não ideais.
Se, por exemplo, a pessoa demorou para responder, mas você sabe que ela estava em horário de aula, você não pode supor que ela não respondeu sua mensagem porque estava saindo com outra pessoa. Trazer para a realidade e separar o que é factível e o que é hipótese pode parecer óbvio, mas é algo que muitas vezes esquecemos de fazer.
Se o medo de estar sendo traíde ou de perder a pessoa ocupa mais tempo na sua rotina do que os momentos leves e divertidos do relacionamento, isso é um sinal vermelho. De forma geral, quer dizer que a relação está pesando mais nos aspectos negativos do que nos positivos e ninguém quer isso, né? Portanto, se você está se sentindo insegure, é preciso pensar se esse medo está vindo de uma baixa autoestima ou da falta de cumplicidade e respeito do outro.
Se você acha que pode melhorar na confiança e no amor próprio, tente buscar ajuda! Pense que quanto mais tempo você demorar até começar a tratar a questão, mais tempo irá perder com suas inseguranças e medos. Já se o problema vem principalmente do outro, é importante refletir bem sobre o relacionamento e pensar no que é melhor para você.