O primeiro dia do mês de maio é conhecido como Dia do Trabalho. Pensando nisso, o Purebreak gostaria de levantar uma discussão no feriado desta sexta (1). Se você está no mercado ou mesmo se ainda não entrou, saiba que o trabalho é sim importante, mas não é tudo na vida. É claro que é legal atuar na área da formação, se arriscar em ofícios diferentes ou, como é a realidade da maioria das pessoas, conseguir grana para garantir o sustento do dia a dia. Mas há outras coisas tão importantes quanto, como a saúde mental e física, relações pessoais, princípios e outras questões. Os 5 filmes abaixo mostram exatamente isso.
Para quem não assistiu ou não percebeu, o longa estrelado por Anne Hathaway, de "O Diário da Princesa", mostra o impacto que o novo trabalho na redação de uma revista de moda tem na vida pessoal de sua personagem, Andrea. E não estamos nos referindo ao comportamento machista de seu namorado por não ter a atenção que gostaria, mas sim o quanto aquele ambiente tóxico a deixava mal consigo mesma.
Assim como em "O Diabo Veste Prada", há vários ambientes de trabalho desrespeitosos e nada saudáveis, que exigem além do que o funcionário pode e deve dar. No fim, Andrea percebe isso. Apesar de trabalhar com o que gosta, ela faz a primeira escolha pensando em si mesma. E quem viu sabe o quanto isso foi importante.
"Sexy Por Acidente" é um pouco parecido com "O Diabo Veste Prada", embora a questão da autoestima e da autoaceitação fiquem muito mais evidentes. Renee (Amy Schumer) vê no novo emprego de secretária de uma marca de cosméticos famosa uma oportunidade para mostrar suas habilidades e conhecimentos no assunto. Mas as coisas não saem bem do jeito que ela pensa e isso passa afetar suas relações pessoais e, sobretudo, sua relação consigo mesma. Quando as coisas chegam neste ponto, saiba que, sim, algo está errado e precisa ser feito.
"Que Horas Ela Volta?" destoa bem dos dois filmes anteriores. Mas o incluímos na lista para você perceber que ninguém tem o direito de se sentir menos no ambiente de trabalho, independente da função. Val (Regina Casé) é empregada de uma família classe média alta, em São Paulo, e trabalha para ajudar nas despesas da filha que deixou em outro estado. Ela passa a semana inteira no trabalho e é liberada apenas aos finais de semana. Até a chegada da filha que vem para fazer o vestibular, Val não percebe as convenções sociais adotadas por seus patrões que separam as classes que pertencem. Não à toa, ela toma uma decisão ao final que, certamente, mudou os rumos de sua história com sua própria família.
O filme lançado este ano também dialoga com a realidade da maioria das pessoas e propõe uma reflexão muito importante. A trama gira em torno da história de uma família mais pobre, em que os pais trabalham muito para garantir o sustento dos dois filhos. Ricky Turner (Kris Hitchen) arruma emprego em uma franquia de entregas, em que deve utilizar os próprios meios para realizá-las. O personagem é preso a ideia de que precisa do trabalho para ser um homem digno. No entanto, a situação precária, a baixa recompensa e o estresse diário o consome ao longo de todo o filme, prejudicando sua boa relação com a mulher e os filhos. Um acontecimento muito importante na história reacende a discussão de que tudo que vêm passando não vale a metade do desgaste físico e psicológico que todos acabam tendo.
Apesar de ter uma pegada mais divertida, "Baby Driver" mostra que há outras coisas mais importantes que o trabalho, caso você não tenha percebido. Por mais que você não seja um piloto de fuga de um grupo de assaltantes, a lição do filme continua valendo. A dedicação e o envolvimento com o trabalho, que feria seus princípios e valores, fez com que Baby (Ansel Elgort) perdesse as coisas que mais amava. No fim, não foi aquele trabalho que restou, mas algo bem mais importante.