Se você ainda está no colégio, provavelmente tem se preparado bastante pra fazer a prova do Enem, não é? O Exame Nacional do Ensino Médio é a principal porta de entrada pro ensino superior no Brasil e este ano, teve mais de 6 milhões de inscritos em busca da sonhada vaga numa universidade. Nesta quarta-feira (03), Alexandre Lopes, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira) trouxe uma grande novidade a respeito da avaliação em uma coletiva de imprensa: até 2026 o Enem vai ser totalmente digital e essa mudança de papel para computador já começa a ser feita no ano que vem!
Para essa fase piloto, foram escolhidas 15 capitais na qual irão participar 50 mil candidatos, ou seja, só 1% do total de participantes, e a decisão de fazer em computador será do próprio público, no ato da inscrição. Além disso, o processo de inscrição permanece igual, assim como o valor da prova.
Entre 2021 e 2025, a participação da prova na sua versão digital ainda será opcional, mas em 2026, não tem como fugir, será 100% digital para todos os candidatos. A mudança será feita tanto para as provas objetivas, quanto para a parte de redação. E para os espertinhos de plantão, é necessário avisar: os computadores serão programados apenas com as provas, então não será possível consultar a internet pra colar. Então, o foco nos estudos continua!
No ano que vem, o Enem terá três aplicações:
Regular: 1º e 8 de novembro de 2020
Digital: 11 e 18 de outubro de 2020
E a reaplicação para alunos que passarem por algum problema técnico ou logístico, em dezembro.
Estrutura das escolas públicas é um problema a ser enfrentado
Acabar com o uso das folhas é um passo super bacana para a preservação da natureza, mas nem tudo é tão simples assim. Apesar do valor para introduzir esse projeto-piloto em 2020 seja de R$ 20 milhões, o Inep afirmou que não pretende comprar novos computadores, mas sim usar os equipamentos que já existem nas instituições, o que é bastante preocupante!
Pode parecer difícil de acreditar, mas o acesso a computadores e a diversos tipos de tecnologia ainda não é uma realidade em todas as partes do Brasil, e mesmo em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, a estrutura sucateada das escolas estaduais e municipais é muito real e devastadora.
Em um país que tem um abismo social cada vez maior, esperamos que o governo dê a devida atenção às precariedades no ensino público e sua estrutura. Estudar é um direito de todos e a entrada na universidade não pode ser mais uma barreira.