Parece que a galera que trabalha na Uber não está nada satisfeita com o serviço e decidiu entrar em greve na madrugada desta quarta-feira (8). Boa parte dos motoristas brasileiros aderiu ao protesto, que busca melhoria nas condições de trabalho e na segurança para os trabalhadores do aplicativo. A orientação é que os condutores que se sentirem incomodados com o App permaneçam com o mesmo desligado até o final do dia.
Se você está achando que é só aqui no Brasil que isso tá rolando, se enganou. Além das principais capitais nacionais, a greve acontece nos Estados Unidos e no Reino Unido e os pedidos principais são aumentar a tarifa para os passageiros, diminuir a cobrada pela Uber, que varia entre 25 e 40% e que o aplicativo informe o destino final do usuário antes da corrida ser aceita.
Condições de trabalho
Eduardo Lima de Souza, o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (AMASP), falou sobre a ação para a InfoMoney e citou os gastos que os motoristas precisam arcar: "No Rio de Janeiro, por exemplo, a situação está complicada. O litro de gasolina está custando R$5, é o preço de uma corrida curta. Não faz sentido. É inadmissível". Ele também afirmou que vão acontecer manifestações físicas na porta da Uber em São Paulo.
Mostafa Maklad, um dos motoristas de Uber, que mora em São Francisco, nos EUA, explicou: "Queremos um salário digno. A maioria dos motoristas de São Francisco é obrigada a trabalhar pelo menos 70 a 80 horas por semana para sobreviver na cidade. Temos que dirigir mais e mais, lidar com problemas de saúde e estresse, mas a Uber não liga. O que ela está fazendo é diminuir o pagamento para os motoristas".