Assim como diversas regiões dos Estados Unidos, a lei antiaborto também deve entrar em vigor na Geórgia em 2020. No dia 7 de maio, o governador do estado, o republicando Brian Kemp, assinou um texto proibindo qualquer tipo de aborto quando o coração do bebê já puder ser detectado da barriga da mãe. A situação é muito delicada e várias celebridades já se posicionaram contra e agora chegou a vez da Disney e da Netflix entrarem nessa briga. O presidente da Walt Disney Company, Bob Iger, comentou durante entrevista a Rauters que será difícil continuar a gravar seus filmes na Geórgia.
Para quem não sabe, a Geórgia é conhecida como a "Hollywood do Sul" e está acostumada a receber grandes estúdios devido a isenção fiscal de 30% dos impostos. De acordo com as informações, se a Disney e a Netflix deixarem o estado após a lei ser aprovada, serão cerca de U$ 3 bilhões em prejuízo. Longas como "Pantera Negra" e "Vingadores: Ultimato" foram gravados em Atlanta, a capital do estado. A série "Stranger Things", cuja a 3ª temporada será lançada em breve, também é gravada no local. "Eu acho que muitas das pessoas que trabalham com nós não iriam querer filmar lá. Nós temos que atender a esses desejos", declarou Iger.
No início da semana a Netflix também emitiu um comunicado sobre a decisão de continuar ou não filmando na Geórgia:
"Temos muitas mulheres trabalhando em produções na Geórgia, cujos direitos, juntamente com milhões de outros, serão severamente restringidos por esta lei. É por isso que vamos trabalhar com a ACLU e outros meios para lutar contra isso no tribunal. Como a legislação ainda não foi implementada, continuaremos a filmar lá, além de apoiar parceiros e artistas que preferirem não fazer isso. Se isso entrar em vigor, repensaremos todo o nosso investimento na Georgia."