MD Chefe fez história e se tornou o primeiro brasileiro a ganhar o BET Awards. Em uma premiação que nomeou The Weeknd, Will Smith e Zendaya como vencedores no último domingo (26), nos Estados Unidos, o rapper carioca também foi destaque e trouxe para o país a estatueta de Artista Revelação Internacional.
Uma das atrações confirmadas para se apresentar no Rock in Rio 2022, MD Chefe se chama, na verdade, Leonardo dos Santos Barreto. Com 22 anos, o rapper cresceu na comunidade do Fallet-Fogueteiro e foi com o apelido de Madruginha, além da voz grave, que começou a de destacar pelas batalhas de rima na cidade. Sem censura, as músicas, com toque de funk, exaltam sua "moda casual de luxo". Os hits "Rei Lacoste" e "Tiffany" são algumas das mais escutadas pelo Spotify: todas elas com mais de 45 milhões de streamings.
Além de MD Chefe, existem outros artistas nacionais do cenário do trap/rap que você precisa conhecer. O Purebreak te apresenta alguns deles. Acompanhe!
Filipe Cavaleiro de Macedo da Silva Faria, o Filipe Ret, tem 37 anos e pode ter certeza que é um dos nomes mais fortes na cena rap/trap do Brasil. Com participação de Anitta, o cantor lançou neste mês o seu sexto disco de estúdio, o álbum "Lume", o consagrando como o primeiro artista do trap nacional a lançar um Enhanced Album (álbum com conteúdo exclusivo no Spotify). Antes disso, apenas Luísa Sonza tinha feito isso com o "Doce 22".
Um dos pioneiros desse mercado, ele conta como enxerga o cenário do trap atualmente. "Eu vejo o trap com um movimento cultural gigantesco (...) Modéstia parte, eu como entusiasta dessa cena já enxergava tudo isso há 10 anos atrás, que a gente ia ficar gigante, ia tomar os festivais. Minha vida inteira eu vivi convicto que isso ia acontecer, e digo mais, tenho a convicção que isso vai triplicar, quintuplicar todos os valores, valores de show, valores de publicidade, status de uma maneira geral Feliz demais por estar aqui celebrando isso", disse ao "Tracklist".
Lennon dos Santos Barbosa Frassetti, mais conhecido como L7nnon, ou L7, ficou ainda mais conhecido pelo público depois que Paulo André e Pedro Scooby começaram lançar as rimas do rapper pelo "BBB22". Quem lembra? No "Faustão na Band", ele refletiu sobre as letras de suas canções, as usando como uma crítica social. "Freio da Blazer", por exemplo, o carioca retrata a realidade que jovens da periferia enfrentam todos os dias.
"É uma crítica social do carro da polícia. Essa é a música de quem é parado por policias. É um grito de gerações, as pessoas se identificam, principalmente quem é parado pela blitz e tem que provar que o carro, o dinheiro e a joia é dele, que não tomou de ninguém", disse. "Gratidão" é apenas um de seus maiores sucessos no trap/rap, mas ele também anda decolando com o funk. Recentemente, lançou "Desenrola, Bate, Joga de Ladin" e "Ai, Preto", que traz um beat para lá de nostálgico do funk das antigas.
Em 2021, "Malvadão 3" ficou entre as músicas mais ouvidas do ano. O sucesso lançado por Xamã invadiu todas as plataformas digitais e os TikTokers não perderam tempo para elaborar aquela coreografia. Batizado como Geizon Carlos da Cruz Fernandes, o trapper se consagrou como o cantor mais ouvido do Brasil no Spotify em fevereiro deste ano, com 9.9 milhões de ouvintes mensais na plataforma.
Antes de Anitta colocar "Envolver" em primeiro lugar no mundo, ele era o único representante brasileiro no Top 50 Global da plataforma. Podemos dizer que ele é o momento?
Matuê é considerado um símbolo do trap brasileiro. Nascido em Fortaleza, no Ceará, Matheus Brasileiro Aguiar tem 28 anos e ficou conhecido com o single "Anos Luz", lá em 2017, e atualmente tem um dos maiores hits da atualidade: "Quer Voar".
O cantor é motivo de tanto orgulho para seu estado, que uma das canções foi escolhida como tema de uma atividade em apostila estudantil das escolas da capital. Chique, né? Além disso, Lil Nas X fez um mural com várias fotos de celebridades do cenário pop ao redor do mundo e, para a surpresas dos fãs, Matuê estava lá. De acordo com o site "Kondzilla", ele está creditado em "Break My Soul", 6ª faixa do sétimo álbum de estúdio que será lançado no dia 29 de julho por Beyoncé.
Você sabia que o Teto foi disputado por produtoras antes mesmo do 1º lançamento? Nascido na Bahia, Clériton Sávio Santos Silva viu sua carreira ganhar destaque fazendo lives e mostrando seu bom som ainda na pandemia do covid-19. Rapidamente "Paypal", "Manha", " Dia Azul" e "Fashion" ficaram conhecidas por todo o Brasil e os quatro clipes acumulam mais de 80 milhões de visualizações.
Assinou com a 30PRAUM, mesma de Matuê, e lançou "Fim de Semana no Rio", que já podemos considerar um fenômeno. Ele também participou de "Vampiro" e "Poesia Acústica 12 - Para Sempre".
MC Cabelinho é um dos artistas mais ouvidos deste ano. Victor Hugo Nascimento, o Little Hair, começou a cantar funk lá em 2012, bem novinho. Em 2016, ele estourou seu primeiro sucesso e, alguns anos depois, recebeu o convite para estrar como ator na TV Globo: o Farula de "Amor de Mãe".
Ah, e não é só Filipe Ret que teve a honra de uma parceria com Anitta! Cabelinho e a patroa gravaram "Até o Céu", que tem conta a história de um casal que tem muita parceria, química e pegada pelo clipe. Cada vez mais voltado pro trap, no fim do ano passado ele se consagrou o terceiro mais ouvido do mundo no Spotify ao lançar o disco com 17 faixas. Xamã, Borges, Mc Maneirinho, Md Chefe, Filipe Ret e L7nnon estão no álbum.
O trap abraçou a cultura das comunidades e Poze do Rodo é uma realidade. Outro queridinho do camarote do "BBB22", Marlon Brandon Coelho Couto Silva possui dois clipes com 100 milhões de visualizações cada um no Youtube: "Eu Fiz o Jogo Virar" e "Me Sinto Abençoado", parceria com Filipe Ret, lançada no ano passado. Agora, o pitbull do funk quer lançar seu primeiro disco e estamos ansiosos aguardando!
Orochi está sempre lançando uma canetada. No cenário do trap, o cantor ficou bastante conhecido por levar mensagens marcantes e até mesmo frase reflexivas em suas músicas. Só "Amor de Fim de Noite", ele soma mais de 200 milhões de streams nos aplicativos. "É uma satisfação enorme ver meu trabalho reconhecido assim. Eu devo tudo ao rap e aos meus fãs que me acompanham desde as batalhas. Ser o único do gênero com dois álbuns entre os mais ouvidos do Brasil é uma grande conquista e agora vou trabalhar para emplacar o terceiro lá", disse em entrevista.
Chefin ficou conhecido nacionalmente com as músicas "212" e "Deus é o meu guia". Agora, no cenário do rap, o jovem brilhou e até foi escolhido para remix de "2step", com Ed Sheeran , que lançou um projeto de regravar a canção com rappers em ascensão pelo mundo. "Eles mixaram e mandaram para o Ed Sheeran ouvir. "Ele aprovou. Antes de lançar, ele me mandou no Direct. u quase chorei. Falei: não acredito que ele mandou mensagem", contou. Ouça o som!