A Nintendo causou polêmica recentemente ao afirmar que não permitirá relações homossexuais entre os personagens do seu jogo "Tomodachi Life". O game foi lançado para 3DS no Japão em 2013, meses antes de a empresa assumir que o Wii U estava dando prejuízo. O jogo é uma espécie de simulador da vida real em que se pode criar um avatar personalizado e o controlar no ambiente virtual de uma ilha, a Chin Island.
Acontece que a decisão de negar relações afetivas entre personagens do mesmo sexo, em seu jogo, não agradou uma parte do público. Esse fato é considerado por muitos como mais um dos erros da gigante japonesa ao longo da sua história. Em resposta, os fãs iniciaram uma campanha para que a fabricante revisse a restrição de relacionamento entre os personagens. A campanha, que teria sido iniciada por um jovem gay de 23 anos do estado do Arizona, nos EUA, rapidamente ganhou muitos adeptos, mostrando que não é pequeno o número de descontentes com a situação.
A gigante japonesa, que fechou o ano fiscal de 2013 com prejuízo de R$229 milhões, inicialmente ignorou os apelos dos fãs, mas resolveu se pronunciar sobre o assunto. Segundo ela, a justificativa para a decisão é que, na verdade, "Tomodachi Life" não se trata de um simulador da vida real, e sim um jogo que se passa em um universo alternativo de brincadeira. A empresa afirmou ainda que não tem intenção de fazer qualquer crítica social e espera que os fãs vejam o jogo como uma diversão e não como um pararelo da realidade.
Apesar da recusa, a Nintendo afirmou que vai continuar atenta às opiniões dos fãs. Será que eles vão ceder à pressão?