Por Renan Wilbert
Você certamente não era nascido quando a primeira versão de "Dumbo" estreou nos cinemas. E talvez nem tenha visto esse longa-metragem da Disney. Mas eu tenho certeza que você conhece o elefante orelhudo que consegue voar! Agora, ele voltou, com a direção de Tim Burton. O Purebreak foi conferir o filme e traz para você as primeiras impressões do remake dessa história sobre coragem, aceitação e o amor de um filho por sua mãe.

Em 1941, a Disney apresentou ao mundo um de seus personagens mais adoráveis: o elefante Dumbo que, com suas grandes orelhas, entrou no imaginário de crianças e adultos, mesmo em uma animação com uma narrativa menos memorável que as outras feitas pelo estúdio. 78 anos depois, uma nova versão chega aos cinemas, não como um remake, mas uma nova leitura da história do elefante orelhudo que sabe voar e só quer ficar perto da mãe.

Os principais elementos continuam aqui: o amor de Dumbo pela Sra. Jumbo, a pena que o faz voar, o circo como principal cenário... mas a maior diferença acaba sendo o papel dos humanos na trama. Se em 41 estes apenas apareciam como exploradores de animais e todo o foco ficava nos bichos do circo, agora eles são protagonistas da história. Pois é, no filme "Dumbo", o elefante, por mais fofo que seja, perde o papel principal para Holt Farrier (Colin Farrell), o ex-veterano de guerra que volta ao circo, e seus filhos, interpretados com bastante competência por Nico Parker e Finley Hobbins.

Novo "Dumbo" se torna independente da versão original

Com a inclusão dos humanos, a história também muda bastante, tornando o novo filme uma obra completamente independente da animação antiga. Aqui, Dumbo nasce em um circo que tem problemas financeiros e, logo que começa a voar, se torna a estrela da companhia. Na primeira versão, ser a estrela do circo é o ápice para Dumbo; agora, este é apenas o começo da história.

Os veteranos Danny DeVito e Michael Keaton emprestam seus talentos brilhando como o dono do circo onde Dumbo nasce e um megaempresário do entretenimento (que a gente consegue desconfiar das intenções logo de cara), respectivamente. Eva Green também surge maravilhosa como a acrobata francesa Colette, cuja participação no filme é muito mais do que um simples interesse amoroso para o personagem de Farrell.

"Dumbo" é um ótimo entretenimento e se estabelece como uma das obras menos excêntricas do diretor Tim Burton, que faz um ótimo trabalho em atualizar o conto do bebê elefante para o século XXI, mas ainda sem colocá-lo no panteão das histórias inesquecíveis da Disney.

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