10 atletas paralímpicos brasileiros pra ficar de olho
Publicado em 23 de agosto de 2021 às 18:26
Por Luísa Silveira de Araújo
As Paralimpíadas de Tóquio começam nesta terça-feira (24). Então, se você estava com saudades de virar noites vendo os maiores atletas brasileiros competindo pelo nosso país, se prepare. Para te ajudar a ficar por dentro dos esportes paralímpicos, separamos 10 atletas do Brasil que você precisa conhecer. Veja a seguir!
Paralimpíadas: Luiza Guisso representa o Brasil no vôlei sentado Paralimpíadas: Luiza Guisso representa o Brasil no vôlei sentado© Instagram, @alecabral_ale
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio começam nesta terça-feira (24)
O Brasil tem grandes chances nos Jogos Paralímpicos! Confira 10 atletas para ficar de olho
Paralímpiadas de Tóquio: o Brasil começa a competir já nesta terça-feira (24) com tênis de mesa e goalball masculino.
O Comitê Paralímpico Brasileiro levou 260 atletas para Tóquio
Dentre os 260 atletas paralímpicos estão pessoas sem deficiência que atuam como guias, goleiros, calheiros e timoneiros
Veja + após o anúncio

Quem aí também está com saudades das Olimpíadas de Tóquio e aqueles momentos históricos vividos pelos brasileiros no Japão? Temos uma notícia boa para você: nesta terça-feira (24) começam oficialmente os Jogos Paralímpicos de 2020 para todes que estavam morrendo de vontade de virar a madrugada para assistir as competições e conquistas marcantes, que não vamos esquecer tão cedo.

E, melhor ainda, o Brasil vem em peso para essa Paralimpíada, hein? De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) são 260 atletas - incluindo aqueles sem deficiência, como guias, goleiros, calheiros e timoneiros que, normalmente, participam de modalidades para pessoas com deficiência visual, orientando e guiando os atletas.

Logo na estreia dos jogos, nosso país marca presença no tênis de mesa e no goalball masculino. Para te ajudar a ficar por dentro das modalidades e dos profissionais que estão representando o Brasil em Tóquio, separamos 10 atletas paralímpicos que você precisa conhecer!

1. Petrucio Ferreira (atletismo)

Com 24 anos, Petrucio já passou por muitos altos e baixos na vida. Aos dois anos, ele sofreu um acidente com uma máquina de moer, perdendo parte do braço esquerdo. Mas, anos depois, sua velocidade enquanto jogava futsal chamou atenção de treinadores. Em 2019, Petrucio Ferreira se tornou o atleta paralímpico mais rápido do mundo nos 100 metros. Ferreira conquistou também três medalhas na última paralimpíada - um ouro e duas pratas - e é recordista mundial dos 100 e 200 metros. Nada mal, né?

2. Jennyfer Marques Parinos (tênis de mesa)

Logo na estreia das Paralimpíadas, Jennyfer enfrenta uma australiana no tênis de mesa. Ainda muito nova, com 1 ano, a atleta foi diagnosticada com raquitismo hipofosfatêmico, uma doença que enfraquece os ossos e que acabou deixando suas pernas arqueadas. Jennyfer entrou no tênis de mesa em 2009 e é medalhista paralímpica, tendo conquistado bronze por equipes nos Jogos do Rio, de 2016.

3. Cecília Kethlen (natação)

Cecília teve paralisia cerebral assim que nasceu, o que comprometeu grande parte de seus movimentos por toda a vida. A jovem faz fisioterapia desde cedo e começou a natação como forma de aprimorar os movimentos. Ela se apaixonou pelo esporte e já participou de muitos Jogos Parapan-Americanos e Mundiais, ganhando ouro nos Parapan-Americanos de Lima em 2019

4. Lauro Chaman (ciclismo)

Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás e, após cirurgias mal sucedidas, perdeu o movimento do tornozelo e teve atrofia na panturrilha. O jovem começou a disputar no ciclismo aos 13 anos contra atletas sem deficiência e, aos 22, tornou-se atleta paralímpico. Já ganhou ouro em Jogos Parapan-Americanos e conquistou prata e bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016.

5. Antônio Tenório (judô)

Antônio Tenório é referência no judô paralímpico brasileiro. O atleta é responsável por todas as quatro medalhas de ouro conquistadas pelo Brasil na modalidade. O rapaz praticava judô desde os oito anos de idade, porém, aos 13 teve um descolamento de retina do olho esquerdo e, anos mais tarde, uma infecção no olho direito - o que o deixou completamente cego. Por isso, o atleta fez a adaptação para o judô paralímpico.

6. Evelyn de Oliveira (bocha)

Evelyn tem atrofia muscular espinhal, o que impede os movimentos dos membros inferiores e enfraquece os membros superiores. Aos 22 anos, a jovem começou a se interessar por esportes paralímpicos e agora, aos 44, já conquistou ouro tanto no Parapan-Americanos de Lima, em 2019, quanto nas Paralimpíadas do Rio, em 2016.

7. Alan Fonteles (atletismo)

Ainda recém-nascido, Alan teve que amputar as duas pernas. Desde oito anos pratica atletismo, sendo que começou a usar próteses mais profissionais do que as de madeira só aos 15 anos. Foi um presente para que ele pudesse competir nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008. Alan já ganhou ouro em Jogos Parapan-Americanos e em mundiais de atletismo.

8. Luiza Guisso (vôlei sentado)

Luiza foi convidada para conhecer o vôlei sentado em 2019, quando uma atleta da Seleção Brasileira viu a jovem em um programa de televisão. Com apenas 24 anos, Guisso já passou por alguns tratamentos em decorrência a uma osteossarcoma no fêmur, um tipo de câncer que fez com que a jovem tivesse que substituir parte dos ossos da perna por uma prótese.

9. Tiago da Silva (futebol de 5)

Entre dois e cinco anos, Tiago sofreu com descolamento de retina em ambos os olhos, o que o deixou totalmente cego. O rapaz já praticou algumas modalidades paralímpicas, como natação, atletismo e goalball. Entretanto, entrou para o futebol de 5 em 2009, esporte que lhe garantiu ouro em Mundiais e até mesmo nos Jogos Paralímpicos de 2016.

10. Débora Menezes (parataekwondo)

Débora se formou em Educação Física e, no final do curso, começou a pesquisar mais sobre esportes paralímpicos. A jovem, que nasceu com uma má-formação no cotovelo direito, já praticou lançamento de dardo até que iniciou a prática do parataekwondo como hobby. Hoje já conquistou prata nos jogos Parapa-Americanos de Lima e ouro no Mundial da Turquia, ambos em 2019.

Palavras-chave
Esporte Diversidade Lista Mundo