Quem acompanha a moda sabe que esse universo é cíclico e o que bombou há décadas pode retornar com força total para os closets das fashionistas. Mas existem algumas tendências, principalmente as dos anos 2000, que podem ser sinônimo de muita frustração para algumas mulheres, como é o caso das calças de cintura baixa.
Se analisarmos a moda nos últimos 10 anos, podemos afirmar que existe uma evolução na representatividade quando o assunto são corpos. Com o passar do tempo, as marcas foram pressionadas para tomarem posições cada vez mais responsáveis ao público e passaram a incluir uma variedade maior de tamanhos em suas coleções.
No entanto, a moda dos anos 2000 é um declínio para essa pequena conquista. Recentemente, muito tem se falado sobre o padrão de moda daquela época que está retornando, como a magreza extrema. No TikTok, muito tem se falado sobre isso e influenciadores questionam o número de famosas que vem fazendo explante de silicone para parecer mais magra. E não para por aí! Além de diminuírem os seios, celebridades também vêm revertendo procedimentos para diminuir o bumbum tudo para parecerem mais magras, como é o caso de Kim Kardashian.
Uma das modas que vem gerando muito debate nas redes sociais é a volta da cintura baixa. Muito tem se comentado sobre pressão estética e a gordofobia. "Essa peça é basicamente o motivo de mulheres acima de 25 anos terem problemas de autoestima. A gente desejava que nossos ossos dos quadris aparecessem, fazíamos dietas restritivas, achávamos que o certo era não comer. Naquela época, a gente não tinha visão de corpo real como temos hoje. Um pouquinho de barriga, a pessoa já era considerada gorda. Além de carregar todo esse histórico, a calça de cintura baixa é feita para um único tipo de corpo, é excludente...", opinou a ativista Alexandra Gurgel no Instagram.
Dessa forma, entendemos que a ascensão desses tipos de roupas podem retornar com o culto à magreza e gerar insatisfação corporal em outras mulheres, além de ser um gatilho para desenvolver um transtorno alimentar. Em meio a tantos avanços na diversidade corporal, não faz sentido algum dar palco para o retrocesso.