Época de vestibular é assim: muito estudo, estresse e indecisão. Se você já fez a sua inscrição para o Enem, sabe que agora o jeito é sentar na cadeira e meter a cara nos livros. Mas além de toda a cobrança da escola e dos pais, os jovens ainda precisam lidar com a difícil tarefa de escolher qual curso fazer. Decidir sua profissão durante a escola é mesmo complicado, por isso o Purebreak traz mais uma dica de área a ser seguida: Relações Públicas. Pra quem não sabe, essa carreira também faz parte dos cursos de Comunicação Social.
O Relações Públicas, ou RP, trabalha a partir das várias ferramentas de Comunicação Integrada, e faz o relacionamento entre as corporações e seus diversos públicos-alvos, tendo como objeto construir uma opinião pública sobre a determinada instituição. Ou seja, é ele quem trabalha a imagem de uma empresa. Quem nos conta mais sobre esse ofício é Lyvia Viana, de 36 anos, formada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Assim como a Publicidade e o Jornalismo, o curso de Relações Públicas está presente na maioria das faculdades do Brasil, mas acaba não sendo tão conhecido quanto os outros dois, por conta da confusão que fazem entre as áreas. "No mercado de trabalho sempre ocorreu uma disputa (especialmente entre jornalistas e RPs) sobre onde começa e termina o processo de cada habilitação. Isso faz com que muitos profissionais acabem, no mercado, absorvendo a função um do outro. Entretanto, nas grandes corporações do Brasil e do mundo, a presença do RP nos departamentos de comunicação e marketing é bastante comum", comentou.
O mercado amplo do Relações Públicas
"Pode-se trabalhar como profissional liberal (consultor) ou nos setores de comunicação das instituições. Assessorias de imprensa, agências de notícias, agências de publicidades e de eventos e cerimoniais, são umas das possibilidades de atuação do profissional, além dos departamentos de comunicação de grandes organizações. Assim como qualquer outro profissional de comunicação, o RP pode se especializar em diversas campos, e explorar as diversas possibilidades do mercado (Exemplo: Mídias Digitais, Marketing, Mídia, entre outros)", contou.
Mas quem acha que não combina muito com o mundo dos grandes negócios, também há opção de trabalhar em instituições governamentais ou de terceiro setor. De acordo com Lyvia, onde há uma empresa, há mercado para o RP. "As ferramentas de Relações Públicas se fundem ao jornalismo, publicidade, cinema e rádio, tendo em vista que faz parte de um complexo chamado comunicação. Depende de cada profissional abrir o leque de suas experiências e conhecimentos também.", disse.
Formada há um tempo, além de ter trabalhado em sua cidade natal, São Luís (MA), Lyvia também morou em João Pessoa (PB) e agora vive na cidade do Rio de Janeiro. Ela acredita que há uma diferença de oportunidade entre as cidades. "Nos grandes centros urbanos onde o volume de negócio é maior, existe, consequentemente, maior o investimento em comunicação. Mas também existem possibilidades nos pequenos centros, dependendo da sua área de atuação". A verdade é que quando se trabalha com Comunicação, é preciso estar se adaptando sempre. Para ela a área mudou muito na última década. "Tudo é dinâmico e interativo, muito instantâneo".
O que é preciso para ser um bom RP?
Se você começou a se interessar pelo ramo, saiba que tem que se esforçar bastante."Pesquise informações desde cedo sobre posicionamento do profissional no mercado e as principais qualificações que buscam as grandes empresas. Amplie seus conhecimentos, tenha experiências nas mais diversas possibilidades que a profissão oferece. Não tenha preconceitos. Estude sempre. Seja empreendedor na sua área, desde cedo. O desafio é descobrir o melhor caminho pra seguir na carreira e as dificuldades serão muito trabalho, recompensado com reconhecimento profissional. Tudo isso leva tempo e experiência.", finalizou.