Não é só de K-Pop que vive a Coreia do Sul, viu? Aliás, seria até problemático da nossa parte acreditar que o país só consome o mesmo ritmo musical. Mesmo assim, não deixa de ser uma surpresa descobrir que existe um grupo de pagode sul-coreano. Sim, isso mesmo que você leu! O trio Tell a Tale está bombando no Youtube desde 2019 com as suas composições próprias e também gravando covers de sucessos brasileiros!
Criado pelo percussionista Do Jun Hong, o cantor Kim Wontae e o músico Sebeen, a paixão pelo samba e pagode já é antiga. Inclusive, em 2020, antes da pandemia do coronavírus, Sebeen estava no Rio de Janeiro durante o Carnaval. Além disso, o rapaz também desfilou pela Paraíso do Tuiuti na Sapucaí e até tocou na bateria. Isso que é moral, né?
O período que Sebeen passou aqui no Brasil com os amigos foi resultado de uma viagem de todos os alunos da Escola da Alegria, uma escola de samba que fica em Seul, capital da Coreia do Sul. Ou seja, assim como o trio, tem muito mais gente que curte o gênero brasileiros. Em entrevista à Rolling Stone, Kim Wontae contou que escuta samba e pagode todos os dias, o dia todo. Parece até os fãs de K-Pop, né?
O vídeo mais assistido no canal é um cover de "Pé Na Areia", cantando na versão original por Diogo Nogueira, e conta com mais de 780 mil visualizações. No entanto, há muitos outros covers no canal do trio, como "Lancinho", da Turma do Pagode"; "É Tarde Demais", do Raça Negra"; "Coração Radiante" e "Deixa Acontecer", do Grupo Revelação. Ou seja, estamos falando de grandes clássicos.
Em entrevista ao jornal Extra, o vocalista Kim Wontae contou que ainda não sabe português muito bem e que poucas vezes entende o que está cantando, mas ouve as músicas várias vezes até gravar. "Para cantar em português, eu escuto a mesma música várias vezes e presto atenção na pronúncia. É bem difícil, mas eu estou ficando cada vez melhor", declarou. Podemos dizer que ele está arrasando, né?
Mas, engana-se quem acha que só vai encontrar cover no Tell a Tale. Com tanta prática, os meninos já começaram a criar suas próprias composições. Muito interessante acompanhar como a música realmente se transporta pelos lugares, né? Apesar do pagode ainda não ser um fenômeno como já é o K-Pop aqui no Brasil, é legal perceber que há espeço para todos os gêneros.