Todo mundo sabe que, por causa da pandemia da Covid-19, as novelas da Globo pararam suas gravações e a emissora teve que escolher obras antigas para reprisar nos horários das 18h, 19h e 21h. Após a decisão bem-sucedida de colocar "Totalmente Demais", a sua sucessora foi "Haja Coração", uma novela também de 2016 e que também veio depois da trama de Eliza (Marina Ruy Barbosa) em sua exibição original.
E precisamos dizer aqui - assim como também achamos em 2016 - que "Haja Coração" é RUIM DEMAIS. E, se você não acredita nisso ou então concorda com a gente, separamos por aqui alguns fatos que provam esse ponto. Vamos lá?
O humor que não tem graça
Em uma novela que, teoricamente, é pra ser de humor, o que esperamos? Que ela seja engraçada, certo? Pois "Haja Coração" não consegue emplacar uma cena que nos arranque risadas enquanto assistimos. Na verdade, é até desconfortável testemunhar o que está acontecendo e dá pena dos atores terem que passar por isso. Até mesmo a Tatá Werneck, que é sempre ótima em tudo que faz, não salva nessa história.
Os protagonistas sem nenhum carisma
O que dizer de Tancinha (Mariana Ximenes), Apolo (Malvino Salvador) e Beto (João Baldasserini), o trio no qual não torcemos pra ninguém? A mocinha, que era pra ser independente e cheia de atitude, toma decisões muito estranhas e até burras, sem explicação nenhuma. Além disso, seus pares românticos, um é extremamente ciumento e chato e o outro é desrespeitoso e abusivo, chegando até a dopar a Tancinha pra forçá-la a fugir com ele. Gente, sério? Como isso é permitido?
Do outro lado, a Fedora (Tatá Werneck) e seu namorado mentiroso picareta Leozinho (Gabriel Godoy) é uma história que dá voltas em si mesma o tempo todo e se torna desinteressante rapidamente. Nada que envolve o casal empolga e até dá vergonha alheia em alguns momentos.
Histórias desinteressantes e que não se integram
Teoricamente, a novela deveria ter poucos protagonistas, mas essa, na verdade, quer dar destaque pra vários núcleos ao mesmo tempo e não se aprofunda em nenhum. Nós temos o triângulo da Tancinha, a história da Agatha Moreira desmemoriada e do esquisito Giovanni (Jayme Matarazzo), que, aparentemente, é obcecado por ela, a trama da Fedora com o boy golpista e a mãe que vai parar no meio de uma floresta e se apaixona por um cosplay de Tarzan, o chato Aparício (Alexandre Borges), um homem insuportável que SE ACHA o maioral e, por fim, a única parte que salva - mais ou menos -, é o amor de Shirlei (Sabrina Petraglia) e Felipe (Marcos Pitombo), que, mesmo assim, é coberto de clichês e até meio cafona.
E o que todas essas tem em comum? Você acertou: nada! Normalmente, uma trama mostra seus núcleos se interligando de vez em quando e há uma conexão entre eles, mas nessa não há praticamente nada disso, o que deixa tudo mais bizarro ainda.
Formato ultrapassado
O folhetim tem um tom teatral que tenta copiar o estilo de novelas dos anos 80 - até porque "Haja Coração" é baseada na trama de "Sassaricando", dessa década - e que acaba sendo ultrapassado pro estilo de novela, comédia e até mesmo romance que o público atualmente gosta de assistir. Nada nos prende e nos faz curtir porque tudo parece ser muito datado e cansativo.