Segundo notícias de portais nacionais, divulgadas nesta sexta-feira (2), "Mulheres Apaixonadas" será a próxima novela reprisada em "Vale a Pena Ver de Novo", da Rede Globo. A produção de Manoel Carlos, que mostra a estreia de Bruna Marquezine nas telinhas, foi ao ar originalmente em 2003 e já tinha sido reprisada no canal Viva.
"Mulheres Apaixonadas", além de marcar o coração do público noveleiro, também trouxe vários debates importantes, incluindo violência doméstica e, até mesmo, foi um tímido passo para a representatividade LGBTQIAP+ na televisão brasileira.
Se você não se lembra direito do enredo, que conta também com Christiane Torloni e Tony Ramos no elenco, calma que a gente veio te ajudar. O Purebreak separou 6 pontos centrais da novela, para relembrar toda a história. Confira!
Um tema clássico de novela é o triângulo amoroso - ou algo envolvendo amores proibidos e traições. "Mulheres Apaixonadas" tem isso de sobra. A trama central de Manoel Carlos fala de Helena, interpretada por Christiane Torloni. Na história, ela vive um casamento de 15 anos com Téo (Tony Ramos), mas sabe que a paixão já acabou.
Nesse contexto, ela reencontra César (José Mayer), um antigo namorado, e percebe todos os sentimentos retornarem. Helena vai se questionar se é mesmo feliz e se decidiu ficar com o homem errado. Téo também teve seus casos e chegou a ter um filho com Fernanda (Vanessa Gerbelli), uma garota de programa. Lucas (Victor Cugula), fruto da traição, é adotado por Téo e Helena, que não sabe da verdade.
Além da protagonista, as suas irmãs Hilda (Maria Padilha) e Heloísa (Giulia Gam), ambas casadas e em relacionamentos complexos, também marcam a história.
Téo e Fernanda continuam próximos, apesar de não terem mais um envolvimento amoroso. Eles são grandes amigos e o rapaz é muito próximo de Salete, filha da moça, interpretada por Bruna Marquezine. A atriz de "Maldivas" já disse em algumas entrevistas que conseguiu o papel por chorar com facilidade e se tem uma coisa que Salete faz na novela é derrubar lágrimas.
Um dia, Téo e Fernanda estão andando de carro quando ficam no meio de uma troca de tiros fatal. Ele é atingido, mas sobrevive - o mesmo não se pode dizer sobre a personagem de Vanessa Gerbelli. Um pouco antes de morrer, porém, ela conta a verdade sobre Lucas para Helena.
Após a morte de sua mãe, Salete vai morar com a avó Inês (Manoelita Lustosa), que é uma grande aproveitadora.
Outra trama inesquecível de "Mulheres Apaixonadas" é de Dóris (Regiane Alves). A personagem maltratava e xingava seus avós, Flora (Carmem Silva) e Leopoldo (Oswaldo Louzada), sendo odiada pelo público. A atriz já afirmou que era intimidada na rua, pela raiva que Dóris provocava, e foi considerada uma das piores filhas - e netas - da história da TV.
Carlão (Marcos Caruso), pai da jovem, não escapava das humilhações - mas nada se compara ao que ela fazia com os avós. O pai dela chega a bater em Dóris um momento, mas não consegue controlar seu comportamento nocivo. Leopoldo vai apartar uma briga dos dois e acaba caindo, após ser empurrado pela neta. A partir daí, Carlão decide que é melhor separar a sua filha dos idosos.
Ainda sobre violência doméstica, Raquel (Helena Ranaldi) também foi importante para trazer a temática à novela. Ela era vítima do marido, Marcos (Dan Stulbach), que frequentemente a espancava. Em uma cena marcante, ele chega a atingí-a com uma raquete. Raquel tenta escapar do rapaz, mudando de cidade, mas em sua obsessão, ele a persegue no Rio de Janeiro.
Um verdadeiro psicopata, Marcos também torturava Raquel psicologicamente e impedia que a moça seguisse sua vida, encontrando novos amores e até novos empregos.
A gente sabe que a história da representatividade LGBTQIAP+ na TV brasileira não é muito vasta, mas "Mulheres Apaixonadas" trouxe um pouco mais de diversidade às telas. No enredo, Rafaela (Alinne Moraes) e Clara (Paula Picarelli) se apaixonavam, sendo um dos primeiros casais lésbicos da Globo.
Até o fim, porém, o casal de adolescentes não se beija, trocando apenas um selinho enquanto estão interpretando em uma peça. Mas a novela trouxe a reação da família com o namoro dos jovens e ainda surpreendeu com a aceitação ampla do público do casal LGBTQIAP+.
"Mulheres Apaixonadas" andou para que "Fleabag" pudesse correr. Na trama, Estela (Lavínia Vlasak) se apaixona por Padre Pedro (Nicola Siri), vivendo uma história de amor proibido. Apesar de nunca concretizarem o interesse, não há dúvidas do clima entre os dois. A história atraiu atenção dos telespectadores, que se dividiram entre apoiar e condenar o possível casal.
No fim, Pedro chega a abandonar a vida de padre, encerrando suas atividades religiosas com o batizado do afilhado de Helena e Téo. Ao descobrir o que aconteceu, Estela vai atrás dele e eles trocam um primeiro beijo.
É muita história boa em "Mulheres Apaixonadas", né? Quem mais está animade para rever a novela?