Não dá, a gente não consegue falar de outra coisa que não seja "Sex Education" desde quando a segunda temporada da série estreou na Netflix no dia 17 de janeiro (mais precisamente há uma semana). Isso porque a história retornou mais forte, empoderada, didática e com discussões super necessárias para os jovens - e os adultos também -, principalmente nesse momento esquisito da sociedade que estamos vivendo. Então vamos saber quais foram esses assuntos e começar o diálogo?
1. Assédio Sexual
Sim, é difícil, é complicado e nojento, mas precisamos falar sobre assédio! Seja um caso no ônibus, como o da Aimee (Aimee Lou Wood) ou em qualquer outra situação que foi dita na série ou algo que você mesmo aí lendo já passou. "Sex Education" conseguiu falar sobre isso com muita sensibilidade e de forma bem próxima da realidade, além de incluir uma sororidade linda no meio de tudo.
2. Pansexualidade
Esse assunto então, quase não se vê discussões por aí e muitas pessoas evitam falar sobre isso justamente por não entender a definição. Mas, assim como a Ola (Patricia Allison) fez muito bem por lá, a gente explica aqui: pansexual é aquele(a) que sente a atração sexual, romântica ou emocional em relação às pessoas, independentemente de seu sexo ou identidade de gênero. Ou seja, estes dois últimos não são fatores determinantes para ter atração sexual ou romântica por outros.
3. Assexualidade
O conceito de ser assexual pode, muitas vezes, ser confundido com um problema ou "defeito". Como foi mostrado em "Sex Education", com o conflito da personagem Florence (Mirren Mack), que não entendia porque não tinha vontade de fazer sexo com ninguém e acreditava que tinha algo errado com ela. Em uma conversa - diga-se de passagem, incrível - com a Dra. Jean (Gillian Anderson), ela entende que é assexual, ou seja, não sente atração sexual por qualquer pessoa, ou então tem um pequeno ou nenhum interesse em transar. Mas, ao mesmo tempo, também é possível alguém assexual querer um relacionamento romântico, mas sem a parte do sexo. E, como a nossa doutora favorita mesma diz para a personagem: "A sexualidade é fluida. Sexo não nos completa. Sendo assim, como poderia ter algum defeito?". Perfeitinha, nunca errou!
4. Pressão dos pais
Desde novos, a gente sempre escuta que precisamos estudar, trabalhar, ter um relacionamento e uma família e sermos bem sucedidos nisso tudo. É muita pressão, né? Pois é isso que acontece com Jackson (Kedar Williams-Stirling) nessa segunda temporada da produção da Netflix. O garoto quer tanto agradar suas mães, seguindo a carreira que elas sempre sonharam e ele odeia, que prefere se machucar para não continuar fazendo Natação do que simplesmente falar a verdade pra elas. Pode ser difícil dar um choque de realidade desses pros seus pais, mas lembre-se: viver uma mentira é muito pior do que machucar alguém temporariamente pra poder ser quem você é e se tornar uma pessoa melhor pra você mesmo e pra todos a longo prazo.
5. Sair do armário
Nós já temos o Eric (Ncuti Gatwa) que, desde a primeira temporada, é um cara abertamente gay tanto pros seus amigos, quanto pra sua família, mas ainda não tínhamos visto a produção mostrar as dificuldades de alguém saindo do armário. Adam (Connor Swindells) é quem retrata essa situação depois que volta pra casa do colégio militar e se vê confuso em relação aos seus sentimentos pelo melhor amigo do Otis (Asa Butterfield). Não é fácil, você às vezes se torna agressivo(a) por causa da frustração mas, em algum momento, com a ajuda das pessoas certas, conseguirá mostrar sua verdade e viver livre.
6. Inseguranças
Seja no sexo, na relação com a sua família ou num relacionamento amoroso, "Sex Education" aborda o assunto "insegurança" como nenhuma outra produção. Principalmente nesta segunda temporada, que pudemos ver vários adolescentes com vergonha de sentir fetiche, de estar feio durante determinadas situações que a aparência é o que menos importa, de se masturbar, de assumir suas sexualidades e muito mais. Lá, a gente aprende que tudo bem ser do jeito que você é, cada ser humano tem suas peculiaridades e é diferente um do outro, isso que nos faz ser únicos.
7. Os pais não sabem tudo sempre
Você pode achar que por serem mais velhos, experientes e terem te criado, seus pais sempre terão as respostas pra tudo e a vida deles resolvida até morrer. Mas não é assim a série mostra exatamente isso quando Jean (Gillian Anderson) se sente insegura sobre seus sentimentos, recebe uma grande notícia e não sabe o que fazer. Além da Sra. Groff (Samantha Spiro), que decide sair da zona de conforto e começar a viver por ela mesma e não por outras pessoas. Os adultos também sofrem, choram, tem dúvidas e o direito de recomeçar, assim como nós.
E aí, tem mais algum momento dessa segunda temporada que marcou vocês e não está por aqui?