Pra quem assistiu o "The Circle Brasil", sabe que um dos participantes mais marcantes da edição é o Dumaresq, que criou grupos, fez amizades bem fortes e não escondeu nada do que pensava, pelo contrário, se tornou um dos mais queridinhos justamente por ser quem é totalmente sem filtros. Na conversa com o Purebreak, o nordestino revelou alguns segredinhos de bastidores do programa da Netflix e ainda comentou sobre a importância de ter a presença de pessoas de todas as partes do Brasil por lá, para mostrar que nossas diferenças precisam ser celebradas.
A gente sabe que esse tipo de programa pode ter muita edição e acabar manipulando o que mostram para tornar a história mais "emocionante", como acontece em muitos por aí. Mas, segundo Dumaresq, ele não percebeu tanto isso em relação às suas próprias conversas no "The Circle Brasil": "Diferente da maioria dos realities brasileiros, ele tem um formato pré gravado. Possivelmente alguns diálogos possam ter ficado de fora ou cortados, para dar uma dinâmica maior ao show. Mas olha, eu mesmo não senti falta de nada não".
Pra quem não conhece direito como funciona a produção da Netflix, os competidores ficam confinados no mesmo prédio em apartamentos praticamente um do lado do outro. Aí surge a dúvida: será que em algum momento o que acontecia vazava pros vizinhos? "Todos os apartamentos são absolutamente vedados!!! E olha que eu gritei MUITOOOOOO!! Mas nada, nadinha de som externo", contou Dumaresq.
Infelizmente, não costumamos ver representação de todas as culturas quanto deveria em reality shows da televisão brasileira. Mas, para Dumaresq, a Netflix atingiu o objetivo com sucesso: "Eu sempre pensei sobre isso, sabe?! O Brasil é gigantesco, muitas culturas, muitas realidades, muita diversidade. É importante termos nordestinos e nortistas ocupando espaços midiáticos. Mostrar nossos pensamentos, sotaques... ampliar o olhar que por vezes está fixado no sudeste e colocar o Brasil de fato na TV. O casting do 'The Circle Brasil' mostrou nossa beleza".
Para além da miscigenação brasileira, é válido vermos alguém como Dumaresq, que não é um participante qualquer, pois nunca vimos ninguém parecido com ele em produções desse tipo, ganhar destaque. Mas nem tudo foram flores pra ele, porque já enfrentou muitas dificuldades por ter essa personalidade que foge dos "padrões" impostos pela sociedade: "Em diversas situações da minha vida eu precisei fingir ser algo que eu não queria ser. Poder me mostrar sem censura é uma conquista preciosa de uma luta que não é só minha. A comunidade LGBTQI+ vem pautando na sociedade valores de respeito. Ser o Dumaresq em tempos de repressão é mostrar a nossa beleza. Fico emocionado com isso!!".
Uma das questões que mais surgiram depois da estreia do reality foi sobre como aconteceu a seleção dos participantes, se tiveram inscrições, como acontece no "Big Brother Brasil", ou se as pessoas foram convidadas pela produção. E Dumaresq explica como tudo rolou - aproveita e já #fikdik se você tiver interesse de concorrer ao prêmio caso aconteça uma segunda temporada: "Tudo aconteceu por meio de inscrição!!! Passei por diversas etapas seletivas, entrevistas, vídeos até chegar em Manchester para as gravações. Eu queria ser famosa!!!! Participar de um reality, feito pela Netflix, e envolvendo mídias sociais era o paraíso pra mim. Eu, estudante de Comunicação e ainda uma bicha closeira, eu tinha certeza que esse era o meu reality. E taí, o retorno do público está sendo maravilhoso!!!!".
Como um veterano de "The Circle Brasil", ele ainda aproveita pra deixar um conselho pra quem participará nas próximas edições: "Estude o formato do programa. É importante você ter um equilíbrio entre deixar fluir e ser estratégico. Mas é isso, saiba montar o seu perfil, afinal ele será seu rosto por um bom tempo".