Uma boa série teen é uma das melhores coisas para se assistir. É ainda melhor quando a produção aborda uma temática LGBTQIAP+ de forma leve, sensível e divertida. Esse é o caso de "Young Royals", a nova série da Netflix, que traz elementos presentes em alguns dos maiores sucessos da plataforma, mas se destaca, seja por seu elenco, pelo modo como aborda um romance gay ou pela ambientação sueca.
Nela, Wilhelm (Edvin Ryding), um jovem príncipe, precisa estudar em um colégio interno e lá começa a explorar uma nova versão de si mesmo e a se descobrir. No lugar, ele conhece Simon (Omar Rudberg), um adolescente de origem mais humilde e que luta por justiça social, e juntos se aventuram em um relacionamento. Mas o príncipe se divide entre manter as aparências e cumprir com seus deveres reais e tomar as próprias decisões sobre sua vida.
Se isso não é o suficiente para te convencer a assistir o novo sucesso, aqui estão 5 motivos!
Um dos fatos mais interessantes da Netflix é poder ver títulos de diferentes nacionalidades no catálogo. Fugindo do padrão de séries e filmes produzidos nos Estados Unidos, "Young Royals" é ambientada na Suécia. Isso não muda só a escalação do elenco, que é quase todo de lá, mas também os cenários da trama, os visuais, músicas e hábitos da cultura local, que é muito diferente de tudo que estamos acostumados.
Uma série ou filme que realmente aponte as imperfeições do elenco é difícil de achar, não é verdade? Mas esse é o caso dessa produção. A maquiagem do programa permite mostrar detalhes como espinhas, marcas de expressão e rugas dos protagonistas, além de trazer personagens como Felice (Nikita Uggla), com corpos reais, fora do suposto padrão de beleza ideal. Toda essa realidade do show é muito enriquecedora e faz com que os espectadores não precisem se comparar tanto com padrões irreais das estrelas do elenco.
A produção optou por não selecionar atores muito consolidados, oferecendo uma oportunidade para novos talentos. Então, muitos integrantes do elenco estão vivendo seus primeiros grandes papéis nas telas e isso é muito legal, porque podemos acompanhar seu crescimento e todos os trabalhos que vão conquistar a partir daqui.
O elenco não só é inédito como apresenta também bastante representatividade. Além de contar com pessoas não-brancas compondo uma parte do núcleo principal de "Young Royals", a produção ainda traz a personagem Sara, vivida por Frida Argento, que entrega uma performance bem sensível ao longo da maior parte da trama, sem transformar a Síndrome de Asperger ou o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) em algo muito estereotipado.
Simon e Wilhelm vão aos poucos descobrindo o amor entre eles,e tudo acontece de forma muito orgânica e nada forçada. Além disso, é muito importante um casal gay também estar presente mesmo nas histórias mais clichês. Outra coisa legal da dupla é que a série não apela para uma hipersexualização dos personagens para chamar atenção, ao mesmo tempo que não tenta ser puritana ou moralista quanto à experiência sexual deles. Os dois também tem uma super química e enfrentam diversos desafios, como o preconceito, mostrando que o amor é possível.