Na última segunda-feira (19), o submarino de turismo Titan desapareceu após uma tentativa de alcançar os destroços do Titanic. Desenvolvido pela OceanGate Expeditions, o veículo subaquático possui a capacidade de mergulhar aproximadamente 4 km abaixo do nível do mar.
A OceanGate Expeditions atua desde 2009 na área de turismo submarino com submarinos civis de pequeno porte, oferecendo, entre outros, passeios aos vestígios do famoso naufrágio. No entanto, o mistério permanece: após tantos anos de serviço impecável, o que poderia ter levado ao desaparecimento do Titan em sua jornada ao Titanic? Listamos os x absurdos envolvendo toda essa situação.
Segundo a empresa que construiu o submarino, ele já havia feito visitas aos destroços do Titanic com sucesso em 2021 e 2022, mas o controle é feito por apenas UM botão, que comanda o objeto para emergir ou submergir. O Titan é guiado debaixo d'água por uma espécie de, pasmem, controle de videogame.
Por mais que tenha realizado uma série de testes e expedições bem-sucedidas, parece que o submarino de cinco lugares ainda era um projeto em fase experimental - pelo menos foi o que sugeriu uma matéria transmitida pela CBS no ano passado. Naquele momento, o jornalista David Pogue teve o privilégio de embarcar nessa aventura subaquática e vivenciar a máquina incrível de perto.
Antes de embarcar, a pessoa precisa assinar um documento que está escrito que "esta embarcação experimental não foi aprovada ou certificada por nenhum órgão regulador e pode resultar em lesões físicas, traumas emocionais ou morte".
Você sabia que o GPS não funciona sob a água? Por essa razão, o submarino é orientado por um navio que permanece na superfície, comunicando-se através de mensagens de texto. Esse é um dos principais motivos para o desaparecimento do Titan, uma vez que não existe um sistema de navegação simples.
É chocante saber que o sistema de navegação no submarino Titan é praticamente inexistente! Na verdade, a guia da rota é de responsabilidade de um navio que flutua na superfície. Devido à incapacidade das ondas de rádio de se propagarem em meio aquático, a comunicação entre o navio e o submarino é realizada por ondas sonoras que transmitem mensagens curtas, orientando o Titan sobre a rota a seguir rumo ao destino da exploração. Surpreendentemente, não há cabos de orientação ou de segurança que conectam o submersível ao navio, tornando a experiência ainda mais perigosa.
As partes do submarino são improvisadas, recorrendo a elementos como canos resgatados de construções abandonadas. Ele apresenta orientações e instruções rabiscadas à mão em pedaços de adesivo. Além disso, muitos dos componentes utilizados na sua montagem não foram especificamente desenhados para o submarino. Na verdade, são peças off-the-shelf, ou seja, podem ser encontradas à venda em lojas comerciais comuns. Uma verdadeira obra de arte na improvisação!