Os professores da Coreia do Sul fizeram uma greve em massa, protestando contra o assédio de pais intrusivos e alunos, um problema que levou alguns educadores a cometer suicídio, em especial nas últimas semanas. Embora o país já tenha reconhecido e documentado os desafios do bullying e da violência entre os alunos, agora os professores estão pedindo maior proteção para si mesmos.
Estima-se que 15.000 pessoas participaram de um protesto na capital, Seul, e diversas manifestações ocorreram em todo o país. Muitos professores tiraram uma folga para se juntar aos protestos, levando a fechamentos temporários de algumas escolas.
A indignação foi agravada não apenas pelo tratamento injusto dos professores, mas também pela trágica morte de uma professora de 23 anos em julho, que se suicidou após expressar preocupação com reclamações de pais abusivos. Esse incidente trágico acendeu uma série de manifestações e vigílias em memória da professora e em busca de direitos aprimorados para todos os docentes.
About 200000 teachers in South Korea gathered on the streets of Seoul on the 2nd local time to protest for their rights.
- 钟志军 (@zhijun0763) September 3, 2023
当地时间2日,韩国约20万名教师聚集在首尔街头,举行维权抗议。 pic.twitter.com/cZpTUqVLwq
O problema é tão grave que, até junho, cerca de 100 professores haviam cometido suicídio na Coreia do Sul desde 2018. O Ministério da Educação do país está tomando medidas, prometendo fortalecer a autoridade educacional e diferenciar claramente as atividades educacionais legítimas dos crimes de abuso infantil.
O presidente Yoon Suk Yeol também deu destaque à questão, pedindo aos funcionários que considerem profundamente os protestos e busquem proteger os direitos dos professores. Esta questão é particularmente preocupante, considerando que a Coreia do Sul possui a taxa de suicídio mais alta entre os países desenvolvidos.