Mariana Cagnin, autora brasileira da HQ "Black Silence", foi ao Twitter no último domingo (20) fazer uma grave denúncia. Segundo a escritora, a nova série da Netflix, "1899", é um plágio de sua obra, lançada em 2016. A produção chegou ao streaming na última quinta-feira (17) e vem acumulando comentários positivos de fãs até então - porém, a nova polêmica ameaça não só a série, como os criadores do título, Jantje Friese e Baran bo Odar.
Ainda nas redes sociais, Cagnin apontou as semelhanças entre as duas obras e explicou como a sua HQ autoral poderia ter chegado nas mãos dos produtores internacionais. Os autores da série já vieram a público, negar a acusação da autora. Confira tudo o que rolou!
No Twitter, Mariana Cagnin fez uma thread evidenciando todas as semelhanças entre "Black Silence", sua HQ de 2016, e a nova série da Netflix "1899". Ambas as histórias, de ficção científica, contam com elementos em comum, como a pirâmide, os formatos misteriosos nos olhos dos personagens e mortes que acontecem em local específico.
Mariana ainda vai além e mostra desenhos de seus quadrinhos ao lado de fotos promocionais e cenas de "1899", onde fica nítido como são parecidos. A autora explicou que levou o trabalho à diversas feiras internacionais e apresentou a obra a produtores: "Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês", afirma.
Vários internautas ficaram ao lado da autora de "Black Silence" e ainda relembraram o caso de "Aventuras de Pi". O filme, ganhador de Oscar em 2013, foi baseado em livro acusado de plagiar história do brasileiro Moacyr Scliar. Será que a polêmica irá se repetir?
A polêmica foi tanta que a produtora e roteirista de "1899", Jantje Friese, se pronunciou no Instagram nesta segunda-feira (21). A profissional, conhecida por "Dark" - outro sucesso da Netflix - não tem costume de usar as redes sociais, mostrando a urgência de divulgar a sua mensagem.
"Uma artista brasileira alegou que roubamos a história de sua graphic novel. Para deixar claro: nós não fizemos isso! Até ontem nem sabíamos da existência dessa graphic novel. Ao longo de dois anos, colocamos dor, suor e exaustão na criação de '1899'. Esta é uma ideia original e não baseada em nenhum outro material. No entanto, estamos sendo bombardeados com mensagens - algumas delas feias e ofensivas", escreveu Friese.
Ela ainda vai além e acusa Mariana Cagnin de possível estratégia para aumentar suas vendas: "Alguém dá um alarme falso e todos vão em cima, sem ao menos checar se as afirmações fazem sentido. Claro que isso deve ser um esquema para vender mais de suas histórias em quadrinhos: bem jogado", concluiu a produtora.