O BTS é o maior grupo internacional dos últimos anos. Por outro lado, a Billboard é um dos maiores veículos americanos quando se trata de música e entretenimento. Assim, quando há a combinação dos dois, é uma explosão entre os fãs. Nesta quinta-feira (26), não foi diferente. O site disponibilizou uma entrevista completa com os sete integrantes do grupo de K-pop e, ainda, mostrou várias fotos da sessão que irá estampar a revista física, que chega nas bancas dos Estados Unidos no próximo sábado (28).
Na conversa, para além de falar sobre o sucesso inédito de uma atração coreana, o BTS conversou sobre como lidam com o estresse e a pressão e o que esperam para o futuro do grupo. Ao longo da entrevista, o jornalista também menciona um problema que o BTS irá enfrentar em alguns anos: o alistamento militar obrigatório na Coreia do Sul. Apesar da popularidade dos sete idols ter alterado a lei nacional, expandindo o período máximo para se apresentar ao exército, continua sendo algo que eles terão que enfrentar - mais cedo ou mais tarde.
Confira os destaques da matéria do BTS para a Billboard e veja na nossa galeria as novas fotos, tanto do grupo quanto dos seus integrantes individualmente!
Ser uma das maiores atrações do mundo, além de conquistar o marco pioneiro de serem os primeiros coreanos a serem indicados ao Grammy, poderia fazer com que muitos ficassem arrogantes. Esse não é o caso do BTS, como mostra a entrevista do grupo com o jornalista da Billboard, Jeyup S. Kwaak. "Não somos pessoas excepcionais. É como uma vasilha comum de arroz que foi preenchida com muita coisa e está transbordando", diz Suga, fazendo referência à expressão coreana.
"Nós fizemos nosso debut em uma empresa pequena e foi difícil desde o primeiro dia. Nunca tive sonhos absurdamente ambiciosos", continua o idol. Em 10 anos, a HYBE - empresa responsável pelo BTS - cresceu mais de mil vezes, tornando-se um negócio bilionário. O BTS é responsável por, pelo menos, 85% da renda da gravadora.
"Nós temos evitado nos gabar muito desde 2017, porque temos medo do que pode acontecer. Nós pensamos sobre carma constantemente", completa RM. Para o líder do grupo, essa cautela e até mesmo "autodepreciação" faz parte do que ele chama de "DNA coreano", já que na cultura do país asiático há uma cobrança ainda maior por produtividade e sucesso.
A importância do BTS é tanta, que eles chegaram a provocar mudanças na legislação do país no último ano. Em dezembro, Jin completou 28 anos - idade máxima para se alistar ao exército. Porém, no mesmo mês, a lei foi alterada, permitindo que os homens esperem até 30 anos para se apresentar aos militares. Mas, para ter esse privilégio, a pessoa deve ter uma série de pré-requisitos consideráveis, fazendo com que apenas o BTS fosse beneficiado pela nova lei.
Nem o grupo nem a empresa comentam qual será o futuro do BTS quando Jin, o mais velho, completar 30 anos. Porém, o jornalista da Billboard levanta a hipótese, falada por muitas pessoas, de que todos irão se alistar ao mesmo tempo, o que significaria um hiatus para o BTS de pelo menos 18 meses - tempo mínimo de serviço. Isso não é um baque apenas para o grupo, mas para toda a empresa que depende deles para sua renda.
Mas eles não estão pensando nisso agora - pelo menos em público. Quando perguntados sobre os planos para o futuro, RM afirma que querem manter a posição de "estrangeiros" para os países ocidentais, com letras predominantemente em coreano. "Não acho que vamos fazer parte do mainstream dos Estados Unidos e nem acho que nós queremos isso. Nossa meta maior é fazer uma grande turnê em estádios", diz.
O ARMY é conhecido por liderar votações e conseguir feitos extraordinários para o BTS. Por outro lado, fãs e artistas concorrentes já levantaram suspeitas sobre a estratégia do fandom do grupo coreano, que costuma se organizar para comprar um número maior de lançamentos, tanto físicos quanto digitais. Como resultado, pela dedicação e tamanho do fandom, o BTS lidera charts e listas importantes - como as da própria Billboard - com facilidade.
Quando perguntado sobre uma possível manipulação dos números, RM é direto: "é um questionamento justo. Mas se há dúvidas dentro da Billboard sobre o que significa, de fato, estar em primeiro lugar, então eles é que deveriam mudar as regras e fazer outros pontos pesarem mais no ranking, como número de streaming. Atacar a gente e nossos fãs por estarmos em primeiro lugar em vendas físicas e downloads não é certo. Acho que somos alvos fáceis, porque somos um grupo de K-pop e temos uma base de fãs muito fiel", conclui RM.
Veja a entrevista completa do BTS, em inglês, e não esqueça de conferir em nossa galeria todas as fotos do grupo de K-pop disponibilizadas até agora pela Billboard!