Conheça jovens ativistas do Brasil e do mundo que lutam por um futuro melhor

Cada vez mais, os jovens têm se envolvido e ocupado espaços importantes em grandes discussões sobre a preservação do meio ambiente. Nomes como Greta Thunberg e Malala Yousafzai são ótimos exemplos quando se trata de jovens ativistas, demostrando que a idade não é um impeditivo para lutar por um mundo melhor.

A National Geographic Brasil aborda precisamente esse tema no "Nat Geo Podcast", primeiro programa de áudio 100% brasileiro da marca. No quarto episódio, intitulado "Juventude Pelo Clima", o apresentador André Carvalhal recebe três grandes ativistas brasileiras: Mikaelle Farias, de 21 anos, que faz parte de projetos como Friday for Future, lutando ao lado de renomados ativistas do mundo, incluindo a própria Greta, da Suécia, e Vanessa Nakate, da Uganda; Ana Luísa Teixeira, de 24 anos, exploradora da National Geographic e uma das líderes do programa YouthMappers, que atualiza a cartografia brasileira, colocando no mapa comunidades que são frequentemente ignoradas; e Gabriela Alves, de 25 anos, do Instituto Perifa Sustentável.

Conheça mais sobre essas jovens que marcaram presença no Nat Geo Podcast, além de outros nomes do Brasil e do Mundo que têm usado suas vozes e forças por um amanhã melhor e mais limpo. Confira:

Moradora de João Pessoa, Mikaelle Farias, de 21 anos, é estudante de Engenharia em Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba. A jovem trabalha com pesquisas de transições energéticas, além de atuar na conscientização de povos marginalizados e da justiça climática.

Mikaelle iniciou sua jornada no ativismo ambiental em 2019 após o derramamento de petróleo nos oceanos, que atingiu mais de mil localidades entre o Rio de Janeiro e o Maranhão, numa extensão estimada em 4 mil quilômetros. A cidade da jovem foi uma das atingidas.

Entre os muitos projetos e movimentos dos quais participa pela justiça climática, negritude e transição energética, Mikaelle foi delegada jovem brasileira da UK Youth Climate Coalition e da Foundation for the Economics of Sustainability Ireland para a conferência da ONU COP26 e COP27, sendo também uma das poucas vozes de mulheres negras nordestinas na reunião internacional Estocolmo+50.

Ana Luiza Teixeira, de 24 anos, é estudante da Universidade Federal de São João del-Rei, no Brasil, e líder do capítulo Unificar Ações e Informações Geoespaciais do programa universitário YouthMappers, que conduz projetos de atualização de mapas municipais e mapeamento de comunidades que não possuem cartografia.

Presente na lista de exploradores da National Geographic, Ana Luiza realiza projetos em duas áreas: mapeando o patrimônio histórico da cidade de São João del-Rei, no estado de Minas Gerais, em associação com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atualizando os mapas da cidade com base em dados abertos; e o mapeamento de comunidades no município de Tefé, no estado do Amazonas, para removê-los da invisibilidade cartográfica, que ocorre devido à falta de esforços voltados à resiliência, cultura e características dessas comunidades.

Sócio fundadora do Instituto Perifa Sustentável, a ativista e articuladora Gabriela Alves já atua no ativismo ambiental desde os 15 anos de idade, quando teve sua primeira experiência na gestão de projetos mobilizando a juventude do bairro Jaraguá para construção de uma agenda de lazer para a periferia, ganhando a premiação de Jovem Talento de São Paulo do RYLA (Prêmios Rotários de Liderança Juvenil).

Hoje, aos 25 anos e formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo, em paralelo ao seu trabalho no Instituto, Gabriela atua em Inovação Social na EDP (Energias do Brasil) para fomentar a agenda ESG de forma que os serviços, produtos e processos possam ser mais responsáveis socialmente e gerar mais valor social ao negócio.

Moradora do Território indígena Barra Velha, dentro do Parque Nacional do Monte Pascoal, na região da Costa das Baleias na Bahia, a comunicadora e ativista indígena Alice Pataxó, de 21 anos, recebeu repercussão nacional e internacional quando participou da COP26 em Glasgow, sendo porta-voz da defesa do meio-ambiente e dos direitos indígenas, além de receber também uma indicação de Malala Yousafzai para o prêmio de "100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo em 2022", da BBC.

Sempre com a missão de levar a voz dos povos originários mais longe, Alice, que é liderança de sua comunidade desde os 15 anos, é hoje estudante da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), no curso de Bacharel Interdisciplinar em Humanidades.

Amanda Costa também participou do "Nat Geo Podcast", no quinto episódio da temporada passada. Intitulado "Mulheres pelo Clima", o episódio debate sobre a atuação feminina na luta pela sustentabilidade. A jovem é ativista climática, jovem conselheira da ONU, delegada do Brasil no G20 Youth Summit e fundadora do Instituto Perifa Sustentável, ao lado de Gabriela Alves.

Nas redes sociais, ela publica constantemente seu dia a dia no ativismo ambiental e em outras causas sociais. Entusiasta pela Agenda 2030, Amanda tem como objetivo de mobilizar jovens para construírem um mundo inclusivo, colaborativo e sustentável, promovendo a justiça climática e enfrentando o racismo ambiental.

Entre vários projetos e movimentos, Amanda também atua em redes como Coalizão Negra Por Direitos, Alma Preta Jornalismo, Creators pelo Clima (Nossas), Embaixadores da Juventude da UNODC, Climate Reality Project, Engajamundo, Global Shapers Community e United People Global.

Também participante do quinto episódio da temporada passada, ao lado de Amanda Costa, Samela Sateré Mawé é indígena do povo Sateré Mawé, ativista ambiental no Fridays For Future Brasil, jovem comunicadora na APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e da ANMIGA (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade). Ela também é apresentadora no Canal Reload, colunista do portal COLABORA, além de integrar a AMISM (Associação de Mulheres Indígenas Sateré Mawé) e o MEIAM (Movimento de Estudantes Indígenas do Amazonas), além das ONG's NOSSAS e Uma Concertação pela Amazônia.

Em suas redes sociais, Samela mostra aos seus mais de 105 mil seguidores o dia a dia da luta indígena, além de incentivar o engajamento das pessoas nas causas ambientais e sociais.

Nascida em 1997, em Rondônia, Walelasoetxeige Suruí - mais conhecida como Txai – sempre soube a importância de lutar pela sobrevivência e reconhecimento dos povos originários, e pela preservação ambiental - principalmente por influência de sua mãe, a indigenista Ivaneide Bandeira Cardozo.

Txai é conselheira do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, da World Wildlife Fund (WWF) e do Pacto Global da ONU, além de voluntária da ONG Engajamundo. Também coordena a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, ONG criada por sua mãe que desenvolve diversas atividades e estudos sobre o fortalecimento de terras indígenas.

Em novembro de 2021, aos 25 anos, foi a única brasileira a discursar na Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 26) em Glasgow, na Escócia, passando de forma clara sua mensagem ao mundo e a urgência de ações que garantam que a Amazonia se mantenha em pé. Além disso, sua fala a tornou a primeira indígena a discursar em uma conferência climática e, após o evento, viajou à Suécia para participar de um protesto pelo clima ao lado de Greta Thunberg.

Indígena do povo Xavante, Cristian descobriu cedo sua paixão pela comunicação e desde pequeno luta para quebrar preconceitos referentes aos povos originários. Hoje, ele mostra seu trabalho e sua rotina através das redes sociais, contando com mais de 45 mil seguidores em seu canal no Youtube.

Aos 24 anos, o jovem tem certeza de que a comunicação e a ocupação de espaços digitais como o TikTok, Instagram, YouTube, e outras redes, é essencial para que a informação e a voz de seus semelhantes sejam levadas para o Brasil e o Mundo.

Natural do Uruguai, o jovem autista Antônio Ripoll, de 23 anos, usa seu amplo conhecimento acerca das espécies animais nativas da América para lutar pela preservação dos habitats do continente. No dia 2 de abril de 2023, do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o canal National Geographic estreou a série documental "Amante dos Bichos", apresentada por Antônio.

Na produção, por meio da sua especial paixão pela natureza, Antônio propõe uma forma diferente de interpretar a realidade, afastando-se dos simples dados enciclopédicos, apresentando a diversidade como algo partilhado por todas as espécies e enriquecendo a existência de todos os seres da Terra, incluindo a espécie humana.

Com apenas 22 anos, a jovem chilena Catalina Silva, estudante de Biologia Ambiental e ativista da causa climática já integra a Concausa, iniciativa da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) que difunde propostas de inovação social desenvolvidas por adolescentes da América Latina em suas comunidades.

Em 2019, Catalina redigiu 1.000 Ações e apresentou, ao lado de outros jovens, para representantes governamentais na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, medidas que podem ser tomadas no cotidiano para combater as mudanças climáticas.

Ativista climática, palestrante na TEDx e na lista das "100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo em 2022", Ridhima Pandey, de apenas 15 anos, já é um nome presente na luta por um mundo mais limpo.

Morando na parte norte da Índia, Pandey viu, nos últimos 10 anos, diversos moradores de sua cidade natal morrerem por conta de deslizamentos e cheias. Essa situação incentivou a jovem ativista a começar uma batalha contra as mudanças climáticas que ocorrem atualmente no Planeta Terra.

Em 2019, ela protocolou com 15 outros jovens ativistas, incluindo Greta Thunberg, uma queixa ao Comité das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, acusando diversos países de violar a Convenção sobre os Direitos da Criança ao não abordar a crise climática de forma adequada, incluindo o Brasil.