8 livros para conhecer bell hooks, importante ativista do feminismo negro
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 13:52
Por Luísa Silveira de Araújo
bell hooks, autora, professora e doutora em literatura, conhecida por suas contribuições para o movimento feminista atual, faleceu na última quarta-feira (15), com 69 anos, nos Estados Unidos. Nascida Gloria Jean Watkins, ela foi uma ativista que mudou a percepção de muitas pessoas sobre o feminismo negro. Veja 8 livros para conhecer seu trabalho!
8 livros para conhecer bell hooks, importante ativista do feminismo negro
bell hooks: 8 livros para conhecer a autora
bell hooks faleceu na última quarta-feira (15) aos 69 anos
bell hooks foi referência para o feminismo negro
Em mais de 40 livros, bell hooks abordou racismo, machismo e capitalismo
Autora, professora e ativista, bell hooks ajudou a moldar o feminismo atual
Nascida Gloria Jean Watkins, bell hooks foi uma grande personalidade na luta pelos direitos das minorias
"E eu não sou uma mulher", de bell hooks, fala sobre a realidade da mulher negra
"O feminismo é para todo mundo" é um dos livros mais famosos de bell hooks
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Você pode não conhecer bell hooks, mas com certeza já ouviu falar sobre seu trabalho. Ao longo de sua vida, a pesquisadora e ativista antirracista e feminista escreveu dezenas de livros, abordando temas complexos, como a realidade das mulheres negras - que muitas vezes são colocadas à margem da sociedade.

Infelizmente, bell hooks entra na lista de personalidades incríveis que perdemos em 2021. A família da autora confirmou seu falecimento na última quarta-feira (15), aos 69 anos em decorrência a uma doença, que não foi revelada.

Nascida como Gloria Jean Watkins, bell hooks escolheu seu nome artístico em homenagem à sua bisavó materna, Bell Blair Hooks. Porém, a escritora sempre se apresentava com as letras minúsculas, mesmo em suas obras literárias. Para ela, é uma forma de destacar apenas o conteúdo, sem chamar atenção para sua identidade.

Por isso, em homenagem à bell hooks e todos os seus ensinamentos, o Purebreak separou 8 livros para quem quer conhecer o trabalho da autora!

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1. "O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras"

Um dos livros mais conhecidos de bell hooks, "O feminismo é para todo mundo" é uma cartilha, escrita de forma didática, que aponta a importância do movimento para todas as pessoas - mulheres, homens e todas as outras identidades. Na obra, a autora fala também como não podemos ter um mundo livre do machismo sem abordamos o racismo e a desigualdade social, opressões que afetam, principalmente, as mulheres negras de todos os países. É uma super indicação para quem quer começar a debater com mais profundidade essas temáticas políticas.

2. "Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade"

Além de falar sobre machismo, racismo e capitalismo, bell hooks era professora e sabia da importância da educação para mudar o mundo. Neste livro, a autora deseja mostrar como a sala de aula pode ser local de revoluções, já que os professores estão ajudando a moldar a próxima geração. hooks também destaca a importância do ensinamento prático, que pode ser usado no dia a dia dos alunos. "É um jeito de ensinar que qualquer um pode aprender", disse a ativista sobre a obra.

bell hooks mostrou, na prática, as opressões enfrentadas pelas mulheres negras © Getty Images
3. "Tudo sobre o amor: Novas perspectivas"

Na obra, lançada no mercado editorial brasileiro em janeiro de 2021, bell hooks analisa o amor em sua completude - levando em conta o amor familiar, romântico, entre amigos... Para ela, amar é um ato político, que pode trazer cura e mudanças importantes do mundo. Nas páginas, hooks escreve: "Sinto nosso país se afastando do amor com a mesma intensidade que senti o abandono do amor na infância".

4. "E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo"

Este foi o primeiro livro de bell hooks, lançado em 1981. Na obra, ela se baseia no discurso de Sojourner Truth durante a "Women's Convention". Ela foi uma mulher que foi escravizada e participou da ação em 1851, liderada pelo movimento sufragista - que levava em conta apenas mulheres brancas da elite. A partir daí, hooks analisa a construção da opressão contra a mulher negra, fazendo um recorte desde o sufrágio universal nos Estados Unidos até a década de 70.

5. "Ensinando pensamento crítico: Sabedoria prática"

Parte de uma trilogia escrita entre os anos 90 e 2000, que também conta com "Ensinando a transgredir" e "Ensinando comunidade", a autora aborda diversos temas comuns em várias de suas obras: racismo, machismo, sistema de classes, descolonização e espiritualidade. A inspiração para os livros veio dos professores que teve, nos anos 50 nos EUA, em escolas que ainda eram divididas pelas raças dos alunos. Para esses profissionais, a educação "era também uma formação que incentivaria o compromisso contínuo com a justiça social", diz hooks.

bell hooks acreditava na educação como instrumento para mudar a sociedade © Getty Images
6. "Anseios: Raça, gênero e políticas culturais"

Nessa coletânea de textos, escritos por bell hooks na década de 80, são abordados várias peças de entretenimento importantes - de filme de Spike Lee a outros textos de Zora Neale. Assim, a autora passa por conceitos da pedagogia e política para entender transformações estruturais que podem acontecer por meio da cultura.

7. "Erguer a voz: Pensar como feminista, pensar como negra"

Mais uma coletânea! "Erguer a voz" tem mais de 20 ensaios de hooks, com foco na quebra do silêncio e como as minorias políticas - principalmente as mulheres negras - podem se unir para mudar sistemas opressores. No prefácio do livro, ela diz: "Enfrentar o medo de se manifestar e, com coragem, confrontar o poder, continua a ser uma agenda vital para todas as mulheres".

8. "Olhares negros: Raça e representação"

"Olhares negros", publicado originalmente em 1992, é também uma coletânea, com olhar especial para a negritude e como a experiência das pessoas negras pode ser vista no meio do entretenimento, em livros, músicas, séries e filmes. O objetivo principal é desafiar e inquietar os leitores para que eles busquem mudanças na sociedade, ainda extremamente racista.

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