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O Setembro Amarelo é uma data essencial para que a gente fale sobre doenças mentais e tentemos promover uma melhora na saúde das pessoas, mas o compromisso precisa se manter durante todo o ano. E uma das etapas mais importantes para cuidar do seu emocional é se consultar com ume psicólogue. Em uma sociedade em que ainda há tanto tabu para falar sobre isso, uma sessão de terapia é encarada com descrença e preconceito, mas é essencial para muitas pessoas. Então, conversamos com a psicóloga Névia Rocha para tornar esse assunto mais compreensível.
Primeiramente, é importante a gente reforçar que doenças mentais são tão sérias quanto quaisquer problemas físicos. Se quando está com um pé quebrado ou precisa realizar alguma cirurgia você vai ao médico, por que quando sérias complicações afetam seu psicológico você não procura ume terapeuta?
Nossa sociedade tem um histórico de marginalizar pessoas com transtornos mentais e tentar amenizar ou fingir que não existe problemas como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros. Mas isso precisa acabar. A depressão foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "o mal do século XXI", e o Brasil ainda é o país com maior incidência de pessoas ansiosas, chegando a quase 19 milhões de brasileires que convivem com o transtorno. Por isso, precisamos levar a saúde mental a sério e isso começa com a gente desestigmatizando a terapia e todos as questões e doenças que podem ser tratados por ela.
Para entender melhor e poder falar com propriedade sobre o que acontece em uma sessão com ume terapeuta, entrevistamos a psicóloga Névia Rocha que explicou como funciona o primeiro encontro com ume paciente. "Na primeira sessão, fazemos uma anamnese, focamos em conhecer e paciente/cliente, entender o que e fez buscar a terapia, quais são suas expectativas e queixa inicial", afirmou.
Também é bom lembrar que cada pessoa é única e tem seu próprio tempo, por isso, caso e paciente se sinta à vontade já na primeira sessão, assuntos mais sérios são abordados com mais profundidade. Mas cada caso é singular, então é importante avaliar até onde e psicólogue pode ir no primeiro momento.
Sabe aquele clichê de filmes e séries nos quais a sala de terapia é um lugar seguro e sem julgamentos? Então, é tudo verdade! Segundo Névia: "Sempre digo que é importante que e paciente saiba que elu pode falar sobre absolutamente tudo, sem medo de julgamentos ou senso comum e especialmente sem se preocupar em agradar ou 'decepcionar' o terapeuta. A análise é o espaço para elu trazer tudo aquilo que esconde até de si mesmo. É um espaço de acolhimento, laico e com sigilo profissional, onde cada questão será olhada e elaborada em profundidade".
Então pode ficar tranquile e versar sobre o que você mais tiver vontade no momento. Não se preocupe com nenhuma forma de julgamento, afinal, e terapeuta está ali para te ajudar.
Essa resposta é um pouco mais difícil de responder objetivamente. Isso porque cada profissional tem sua abordagem e também dependerá das demandas que e próprie paciente trará ao longo do processo, além do vínculo desenvolvido ao decorrer da terapia. De acordo com Rocha: "A ideia é que e paciente desenvolva sua autonomia, consiga ser cada vez mais verdadeire com aquilo que eu realmente é, elabore seus traumas e acolha suas dores. As perguntas serão feitas para sempre estimular seu desenvolvimento e fazê-le pensar por si próprie, tomar suas próprias decisões, ao invés de seguir sem questionar o que lhe é imposto em sua vida por outras pessoas".