Foi anunciado nesta quarta-feira (17) o novo plano do Ministério da Educação (MEC) para as universidades federais e o assunto está dando o que falar, principalmente nas redes sociais. Batizado de Future-se, o projeto tem o intuito de fazer as instituições arrecadarem mais dinheiro privado. Enquanto alguns acreditam que a intenção é válida, outros acham que isso pode se tornar um problema no futuro. Entenda.
De acordo com as informações divulgadas pelo MEC, o Future-se irá trabalhar com a criação de fundos de investimentos e contratos de gestão com organizações sociais - que terão o direito também de atuar na administração de recursos e de patrimônios das instituições. Além disso, também haverá o encorajamento pela busca por recursos privados. Em troca destes investimentos, o programa possibilita a utilização econômica do espaço público e a permissão de renomear campi e edifícios das instituições de ensino em "homenagem" aos investidores. Além disso, a Lei Rouanet também aparece como opção para financiamento de espaços culturais ligados às universidades.
O projeto será enviado para uma consulta pública a partir desta quarta até o dia 7 de agosto. As propostas recebidas serão e reunidas até o dia 21 do mesmo mês. Após isso tudo, a proposta final será enviada ao Congresso.
A grande crítica que as pessoas tem feito ao projeto está relacionada, entre muitas coisas, com a forma que o Future-se foi apresentado: muito confuso e sem um diálogo com os estudantes. Além disso, há dúvidas se empresas irão se interessar em financiar projetos universitários. O medo é que as universidades comecem a ceder para conseguirem o dinheiro necessário. Junto com o anuncio do projeto, também foi dito que as instituições não seriam obrigadas a a captar dessa forma e que a distribuição de renda anual continuaria. Mas vocês lembram quando Abraham Weintraub, atual Ministro da Educação, cortou 30% das verbas de algumas universidades justificando "balbúrdia"?