Fazer um intercâmbio pode ser algo transformador e incrível! Mas, sem dúvidas existem dificuldades no processo. Muitas vezes, só vamos saber como as coisas funcionam quando já estamos no novo país e temos que nos virar nos 30 para aprender. Uma forma de se adiantar e ir o mais preparade possível é conversar com quem já passou por isso e que pode te dar informações práticas sobre a experiência de morar em outro país.
Se você não conhece ninguém que se enquadra no perfil - ou não tem intimidade para bater aquele papo de amigue -, o Purebreak vai te ajudar. Conversamos com pessoas que fizeram intercâmbios dos mais diversos estilos (Ensino Médio, faculdade, trabalho) e separamos as cinco dicas mais valiosas para te ajudar!
A fase pré-intercâmbio é tão importante quanto todo o processo da viagem. Às vezes, ficamos tão imerses no "sonho do intercâmbio próprio" que pulamos importantes etapas do caminho. Uma delas é analisar, com atenção, o que você realmente quer fazer - sem levar em conta opinião alheia e o que pode ser o "comum" para o seu grupo.
Manuela Almada morou em Portugal por seis meses em 2019 e admite que poderia ter refletido mais sobre algumas escolhas: "Eu só assumi que queria ir e fui no que era mais fácil. Não pesquisei muito se iria querer morar lá mesmo, se tinha a ver comigo ir para Portugal. Não pensei em outros locais", explica.
Atualmente, uma dica que ela dá para estudantes que querem ter essa experiência é ser sincere consigo mesme. "Não entra na onda só porque todo mundo faz. Pense com calma para onde ir, com quem ir... Sem botar os pés pelas mãos", indica Manuela.
Ainda nessa pressa de alcançar o sonho, não damos o peso que a experiência realmente tem. Apesar de ter muitos lados bons, morar em um lugar desconhecido requer o mínimo de responsabilidade. Então, se você não é uma pessoa independente não pode fazer um intercâmbio? Pelo contrário - pode ser, na verdade, o que você precisa para quebrar algumas barreiras, mas é importante estar preparade.
"Eu não morava sozinha antes do intercâmbio, então foi a minha primeira vez cuidando de mim, fazendo mercado, organizando o meu dinheiro e tomando decisões por mim mesma. A experiência valeu muito. Recomendo o intercâmbio para todes", afirma Nathalia Marques, que viveu em Malta, um arquipélago na Europa, por 4 meses para exercitar o inglês.
Pode parecer óbvio, mas quando é uma experiência totalmente nova, há coisas que podem nos pegar de surpresa. Por isso, a maior dica é pesquisar! Desde hábitos específicos dos moradores nativos, que você pode não fazer ideia, até regras de vivências e leis do país.
Ana Carolina Nunes trabalhou por mais de 1 ano na Austrália e listou uma série de coisas que gostaria de saber antes de ter ido para o outro lado do mundo: "Vale pesquisar como funciona o transporte público, como os nativos 'enxergam' o seu país, canais de atendimento em caso de emergência. Até mesmo 'regras de lazer', que eu nem sabia que existiam. Por exemplo, lá você pode ser barrado de lugares se estiver bêbado - até mesmo festas e bares", lembra.
Isso também é muito importante quando o assunto é dinheiro. Nesse caso, é essencial ir direto à fonte e perguntar para quem realmente esteve no país recentemente (já que os preços são muito voláteis). "Chegando lá, tente falar com as pessoas antes de tomar qualquer decisão que envolva dinheiro. Seja lugar para ficar, pacote de internet, passagem...", indica João Pedro Rodrigues, que viveu em Portugal por seis meses.
Existem vários motivos para fazer um intercâmbio - da experiência social até ter destaque no mercado de trabalho. Todos eles são válidos e você não precisa escolher apenas um. Porém, vale analisar o que você deseja atingir para guiar as suas escolhas.
Por exemplo, se exercitar a língua é o seu maior foco, ir para Portugal não é muito vantajoso, né? Ou você pode até mesmo querer conhecer novas culturas - nesse caso, ir para o país de nossos colonizadores pode ser interessante - mas fica apenas em grupos com brasileiros, limitando a experiência.
"Quando vemos alguém do nosso país, costumamos nos unir, mas para mim foi muito mais proveitoso me juntar com pessoas de outros países", afirma Nattasha da Cunha, que passou mais de um ano do seu Ensino Médio no Canadá.
Fazer um intercâmbio pode assustar, mas se você está certe da vontade e está munide de informações, pode confiar no poder do tempo. É possível se adaptar a tudo nessa vida! Sofia Latgé, que escolheu a Suécia como sua nova casa, é prova disso. A capital Estocolmo chega a temperaturas negativas e a população, como um todo, é bem mais reservada do que es brasileires.
"Você chega sozinho e pode ser muito desesperador. Eu lembro do sentimento de desespero, frio, solidão e da neve. Já era escuro às 14h, por exemplo. No começo foi difícil, mas rapidamente eu fui cercada de pessoas que me faziam bem, que estavam na mesma situação que eu. Você acaba formando uma família... E também se acostuma com o frio", ri Sofia.
Com essas dicas, você já está pronte para fazer as malas e embarcar para o próximo destino!