Na tarde da última terça-feira (22), a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) iniciou um inquérito para avaliar se Silvana Taques Elias dos Santos, 51 anos, de fato infringiu a lei ao enviar essa mensagem à filha, a atriz Larissa Manoela. Na mensagem, a mulher utilizou o termo "macumbeira" para se referir à família de André Luiz Frambach, termo este visto como depreciativo em relação às religiões de origem africana.
?VEJA: Continuação do print da conversa de Larissa Manoela com a mãe exibido no Fantástico é divulgado por jornalista.
- αℓєx (@alexlimareal) August 22, 2023
Na mensagem, Silvana chama família do noivo da atriz de "macumbeira". pic.twitter.com/MlHYnQsswL
A mensagem completa, enviada durante o Natal de 2022, dizia: "Esqueci de te desejar... que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk".
O início das investigações decorreu de uma acusação formal de discriminação e intolerância religiosa apresentada pela Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio. Segundo eles, tal comportamento é uma forma moderna de racismo, com o intuito de violar os direitos fundamentais da pessoa, incluindo sua dignidade. A comissão destaca a necessidade de coibir atitudes que promovam o ódio em função da religião de alguém.
O documento também ressalta que o comentário de Silvana ultrapassou os limites da liberdade de expressão e pode ser classificado como um incentivo ao preconceito e à hostilidade contra religiões africanas, não estando, assim, protegido pela constituição e podendo ser caracterizado como crime de racismo.