Se você também fica apreensivo quando descobre que o seu livro preferido vai virar filme, chega mais porque veio ao lugar certo. Afinal, ninguém gosta quando as adaptações fogem demais da história original - o que não significa que certas mudanças não sejam bem-vindas. Com "Deixe Neve Cair" rolou algo parecido e o Purebreak resolveu listar as maiores diferenças da história da Netflix em relação ao livro de John Green em coautoria com Lauren Myracle e Maureen Johnson. Será que as alterações valeram a pena? Confira neste Marca Página.
(O conteúdo a seguir contém spoilers!!!)
Nos primeiros minutos de filme já dá pra notar uma modificada em relação ao primeiro conto do livro, vulgo a história de Stuart (Shameik Moore) e Jubileu/Julie (Isabela Merced). Na adaptação da Netflix, são dadas outras características e ~histórias de vida ao casal. Stuart é um cantor mega famoso, negro (o que é ótimo em termos de representatividade) e que está de passagem pela cidade. Já Julie é uma menina que acabou de ser aceita em uma universidade, mas tem o receio de ir e deixar a mãe doente com o avô.
No livro o encontro dos dois só acontece na Waffle House, após o trem de Julie atolar na neve. Além disso, é na casa de Stuart onde ela passa o Natal, uma vez que seus pais foram presos. É lá, inclusive, que rola o primeiro beijo do casal depois dela, finalmente, perceber o boy lixo que seu namorado era e pôr um ponto final no relacionamento com a ajuda e conselhos de Stuart.
Um tanto diferente, né?!
Quem leu o livro provavelmente lembra que na história era o Homem Alumínio. Mas a mudança não se ateve apenas ao gênero. No filme, dirigido por Luke Snellin, dá pra perceber que a personagem da Mulher Alumínio (Joan Cusack) tem uma função mais importante e se conecta melhor com as três histórias.
A trama de Addie (Odeya Rush) e Jeb (Mason Gooding) também contou com algumas modificações. A começar pela própria história do casal. Enquanto no filme Jeb é o típico boy-lixo, que não se importa nem um pouco com os sentimentos de Addie, no livro ele tenta contato o tempo todo com a ex-namorada, mas os dois acabam surpreendidos por vários desencontros.
O lado egoísta de Addie e sua maratona para mudar esse jeito, tanto com o namorado, quanto com as amigas, permanece na história do filme. Mas sentimos falta da mudança radical de visual que a jovem adota depois que termina com Jeb. Seria engraçado ver, né?!
Dorrie (Liv Hewson) também faz parte do núcleo de Addie e Jeb. No entanto, deu pra perceber que a personagem é uma fusão das duas melhores amigas (Dorrie e Tegan) que Addie tem no terceiro e último conto do livro - tanto que na história original é Tegan quem está louca para adotar o mini-porco e não Dorrie.
Por outro lado, gostamos de ver a adição de uma história para a personagem de Dorrie, que não tem apenas a função de melhor amiga da Addie. Ela é apaixonada por uma das líderes de torcida, Kerry (Anna Akana) e sofre por não ser assumida por ela, até que, no final, depois de muitas emoções, tudo acaba bem para o novo casal de "Deixe A Neve Cair". Fofíssimas! <3
Essa talvez tenha sido a história mais fiel ao livro, com pouquíssimas alterações feitas. Exceto pelo fato de que no livro JP é o nome do amigo de Tobin (Mitchell Hope) e Duke/Angie (Kiernan Shipka) e não o boy com quem ela está saindo. Além do mais, ao contrário do livro, no filme da Netflix os dois começam já cientes de que gostam um do outro e a questão da amizade de longa data não é tão explorada.
Mas fala aí, quem não gostou de ver a cena da Carla (o carro de Tobin) derrapando no gelo igualzinha ao livro?! E a competição (ainda que por um motivo diferente) com os gêmeos "malvados" da escola?! Obrigada por isso, Netflix!
Depois de listar as principais mudanças do filme com o livro, não dá pra negar que as adições de novas histórias e novos personagens são sempre bem-vindas. Embora a gente tenha sentido falta da Tegan, do beijo de Stuart e Julie no chão do quarto, da senhorinha que ajuda Addie com o mini-porco e otras cositas, adoramos que a produção do filme pensou numa adaptação mais plural e diversificada em termos de representatividade.
O Purebreak indica!