Quando Lucas Penteado e Gilberto resolveram se pegar dentro do "BBB21", lá na segunda semana de reality show, muitos brothers desconfiaram da verdadeira sexualidade do ator. Gil, como todo mundo sabe, é gay. Lucas, no entanto, não havia dito nada até o dia do fatídico beijo - e antes disso tinha demonstrado interesse por Kerline. Foi por conta disso que muita gente até hoje ainda acha que Penteado estava usando Gilberto. Essa desconfiança é que o chamamos de bifobia.
A piada de que o B de LGBTQIA+ não é de biscoito ou Beyoncé existe porque as pessoas estão o tempo inteiro invisibilizando bissexuais, principalmente a própria comunidade. Por ficarem com pessoas de ambos os gêneros, ainda existe aquele estigma de que pessoas bis estão sempre confusas e a ponto de trocar de parceiro a qualquer momento. Então, para esclarecer esse assunto de uma vez por todas, o Purebreak vai explicar o que é ser bissexual e bifobia.
Como já foi dito anteriormente, bissexual é aquele que não se sente atraído por um gênero específico. Ou seja, não importa se esse alguém é do gênero masculino ou feminino. Uma pessoa bi sente atração romântica ou sexual por dois ou mais gêneros.
Bifobia, antes de mais nada, é o ato de deslegitimar a sexualidade de alguém que é bissexual. Isso significa várias coisas, desde não acreditar em alguém que se diz bi até fazer piada sobre o assunto. Ou, claro, agredir verbal ou fisicamente alguém justamente por isso. Qualquer reação de ódio ou aversão pode ser considera bifobia.
De acordo com a cartilha sobre bissexualidade da ONG Livres & Iguais, a bifobia é um problema real. Segundo a pesquisa, existem sim muitos estereótipos negativos relacionados a bissexuais, como a ideia de que estão sempre "querendo chamar atenção", "imorais" ou até mesmo "instáveis". Muita gente realmente acredita que, se estiver em um relacionamento com um bissexual, pode ser trocada por uma pessoa de outro gênero a qualquer momento.
Há também aqueles que negam a existência da bissexualidade. Quando alguém se diz bi e aparece em um relacionamento com qualquer pessoa, independente de qual seja o gênero, ele vai ser descaracterizado de alguma forma. O estudo da Livres & Iguais revela que, na Escócia, 48% da comunidade bissexual enfrentam comentários bifóbicos e 38% já ouviram coisas negativas sobre a sua sexualidade. Além disso, mulheres bissexuais são as que mais sofrem violência física.
Juliette, assim como outros participantes do "BBB21", já questionou muitas vezes a sexualidade de Lucas. Porém, na madrugada desta quinta-feira (18) viralizou um vídeo da maquiadora em conversa com João, onde se mostrava - ainda - bastante confusa com essa história.
O comentário feito por Juliette é, obviamente, bifóbico. No Twitter, os administradores da página da sister deixaram claro que não iam discutir sobre a possibilidade de maquiadora ter sido ou não bifóbica, mas afirmaram que a participante é uma pessoa que está em constante desconstrução e sempre com vontade de aprender mais.