Podemos estar no século 21, mas a raça continua sendo um divisor de águas em várias sociedades. Isso é um fator extremamente histórico e cultural e que ainda permeia a mentalidade de muita gente por aí. Então, quando um amigo(a) de pele negra seu(a) disser que sofre racismo, não pense duas vezes antes de levar a questão a sério. O assunto é grave e, como precisa ser discutido, listamos 10 filmes e séries da Netflix para te fazer refletir um pouco mais sobre o tema, entender as origens do racismo e suas diferentes formas de se manifestar.
"Histórias Cruzadas"ou "The Help" é, sem dúvidas, um dos títulos mais famosos no catálogo da Netflix para refletir MUITO sobre racismo. Estrelado por Viola Davis e Emma Stone, o filme se passa em uma pequena cidade do Sul dos Estados Unidos. No longa, Emma Stone é Skeeter, uma garota da alta sociedade que passa a fazer entrevistas e acompanhar a rotina de mulheres negras empregadas domésticas que abandonaram suas vidas para a criar os filhos dos brancos. Assistam. Sério.
A série de sucesso da gigante do streaming também é uma baita dica. Os episódios são curtos e misturam o tema pesado com algumas pitadas de humor irônico. A trama gira em torno de um grupo de estudantes negros que vão para uma universidade americana de elite, onde precisam enfrentar os desafios do racismo estrutural.
Ganhador do Oscar de 2017, "Moonlight" narra todas as etapas da vida de um jovem negro, como o bullying na infância, o processo de reconhecimento da própria identidade, a sexualidade, o abuso físico e emocional. Tudo isso enquanto vive imerso numa região e numa rotina extremamente violenta. É pesado? É. Mas você será outra pessoa depois que acabar de ver a produção de Barry Jenkins.
O emocionante drama de Steve McQueen II traz a história de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um escravo liberto que trabalha com música e vive com a família no norte dos EUA. Um dia, ele acaba sendo vítima de um golpe ao aceitar um trabalho no Sul do país, onde é vendido e tratado como se fosse um escravo por doze anos. O filme é uma verdadeira aula sobre racismo e sobre as origens da segregação racial nos EUA. Vejam!
A produção que fez sucesso para além do Brasil é ótima não só para refletir sobre o preconceito racial, mas também sobre vários estereótipos enraizados na sociedade brasileira. A trama gira em torno de Buscapé (Alexandre Rodrigues), um jovem negro e pobre que vive na Cidade de Deus, uma favela do Rio de Janeiro conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Na contra-mão do senso comum, Buscapé luta para não acabar como bandido e usa a fotografia como a alternativa mais viável para mudar sua trajetória.
A série foi cancelada, mas o Purebreak jura que vale a pena. A história se passa em Nova York, no final dos anos 1970, quando começa a surgir um novo movimento musical no Bronx, voltado para jovens negros e marginalizados na sociedade. A trama é uma aula de história do Hip-Hop e da relação das minorias com o gênero musical, que se tornou um grande símbolo de resistência política.
Em sua primeira semana de lançamento no catálogo, "Olhos Que Condenam" já fazia o maior sucesso. Baseado em um caso real, a minissérie de Ava DuVernay, conta a história de cinco jovens negros do Harlem que foram injustamente acusados de estuprarem uma mulher no Central Park. Ótimo para refletir como a cor da pele pode falar mais alto que as próprias evidências.
Da mesma diretora da série "Olhos Que Condenam", "Selma" é uma cinebiografia sobre trajetória de vida do pastor e ativista social Martin Luther King Jr. Diante dos ataques racistas, o filme mostra como ele liderou uma onda de marchas históricas realizadas entre a cidade de Selma até Montgomery, no Alabama. Filmão!
O documentário da Netflix conta, a partir de depoimentos e cenas raras, a trajetória de vida de Nina Simone, cantora e ativista dos direitos negros. Além das tensões raciais, a produção também mostra o fator gênero muito evidente nas ideias defendidas pela cantora, na época incompreendida e atualmente tida como a frente de seu tempo. Incrível!
Em "Um Limite Entre Nós", Troy Maxson (Denzel Washington) teve o sonho de se tornar um jogador de beisebol interrompido por conta da cor da sua pele. Aos 53 anos, trabalha recolhendo lixo e por causa do seu passado não quer que o filho cogite uma carreira no esporte. Embora a história se passe nos anos 1950, o filme propõe reflexões bem contemporâneas sobre racismo no esporte.